ECONOMIA & NEGÓCIOS
11/11/2010
Análise: Ana Conceição – O Estado de S.Paulo
Os preços das principais commodities agrícolas caíram ontem, com realizações de lucro de investidores e outros participantes sobre os fortes ganhos da terça-feira. A valorização do dólar pesou sobre os mercados de matérias-primas. Na Bolsa de Chicago, o contrato dezembro do milho recuou 1,65%, para US$ 5,6675 por bushel. A cotação da soja para janeiro cedeu 0,71%, para US$ 13,1950 por bushel. O mercado desses produtos, contudo, vive um período de oferta apertada, por causa da produção menor que a prevista nos Estados Unidos, e da demanda acelerada. Por isso, continuam nos níveis mais altos em dois anos e devem continuar assim, segundo analistas. Ao final da safra 2010/11, os Estados Unidos terão os menores estoques de milho em 14 anos.
Na Bolsa de Nova York, as quedas também foram acentuadas. O contrato dezembro do café arábica cedeu 2%, para 212,25 centavos de dólar por libra-peso. Também neste mercado os preços têm chances de continuar sustentados. Produtores importantes como Índia e Vietnã enfrentam problemas por causa das chuvas incessantes, que atrasam a colheita e a secagem do grão. No mercado indiano, os produtores estão atrasando a entrega de café para os compradores por causa do excesso de umidade. Quanto ao açúcar, o contrato março caiu 0,91% para fechar em 32,81 cents por libra-peso, mas esse preço ainda é o maior em mais de 30 anos.
11 de novembro de 2010
Análise: Ana Conceição – O Estado de S.Paulo
Os preços das principais commodities agrícolas caíram ontem, com realizações de lucro de investidores e outros participantes sobre os fortes ganhos da terça-feira. A valorização do dólar pesou sobre os mercados de matérias-primas. Na Bolsa de Chicago, o contrato dezembro do milho recuou 1,65%, para US$ 5,6675 por bushel. A cotação da soja para janeiro cedeu 0,71%, para US$ 13,1950 por bushel. O mercado desses produtos, contudo, vive um período de oferta apertada, por causa da produção menor que a prevista nos Estados Unidos, e da demanda acelerada. Por isso, continuam nos níveis mais altos em dois anos e devem continuar assim, segundo analistas. Ao final da safra 2010/11, os Estados Unidos terão os menores estoques de milho em 14 anos.
Na Bolsa de Nova York, as quedas também foram acentuadas. O contrato dezembro do café arábica cedeu 2%, para 212,25 centavos de dólar por libra-peso. Também neste mercado os preços têm chances de continuar sustentados. Produtores importantes como Índia e Vietnã enfrentam problemas por causa das chuvas incessantes, que atrasam a colheita e a secagem do grão. No mercado indiano, os produtores estão atrasando a entrega de café para os compradores por causa do excesso de umidade. Quanto ao açúcar, o contrato março caiu 0,91% para fechar em 32,81 cents por libra-peso, mas esse preço ainda é o maior em mais de 30 anos.
25/03/10
A alta do dólar e a aversão dos investidores ao risco, resultado das preocupações com a crise fiscal europeia, derrubaram os preços das commodities ontem. O índice Reuters-Jefferies CRB, que acompanha uma carteira composta por metais, combustíveis e produtos agrícolas, recuou 0,82%. Em contrapartida, o dólar saltou 1,22% em relação a outras moedas fortes.
As commodities cotadas em dólar tendem a oscilar na direção contrária à da moeda. A explicação é simples: quando o dólar sobe, o importador da União Europeia, por exemplo, precisa desembolsar mais euros para comprar a mesma quantidade de soja ou café. O mesmo acontece, no sentido inverso, quando o dólar cai.
Por isso, o preço das mercadorias tende a se ajustar ao poder de compra estrangeiro. De olho nessa relação, investidores geralmente compram commodities quando o dólar se desvaloriza e vendem quando a moeda ganha força. Em 2010, o dólar já subiu 4,6% em relação às principais moedas internacionais. As commodities, na contramão, acumulam queda de 4,9%.
Ontem, os contratos de soja negociados em Chicago caíram 0,83%, para US$ 9,60 por bushel (medida equivalente a 27,21 quilos). O açúcar, em contrapartida, disparou 6,64%, para 17,67 centavos de dólar por libra-peso, em Nova York, em dia de recuperação. No dia anterior, a commodity havia recuado 7,12%.