SOS CAFEICULTURA – Confira as propostas da cafeicultura apresentadas para o Ministro da Agricultura.

22 de julho de 2009 | Sem comentários Mais Café Opinião

Ata da reunião da Associação Nacional dos Sindicatos Rurais das Regiões Produtoras de Café e Leite – SINCAL. Aos 21 de julho de 2009, às 10 horas, reuniram-se na sede do auditório da Minassul, situado a Rua Silvio Cougo, 480 na cidade de Varginha/MG, produtores rurais, presidentes de Sindicatos, diretores da SINCAL para discutir sobre a dívida da cafeicultura:


 O Sr. Renato Rezende de Paiva, integrante do grupo de trabalho do Ministério da Agricultura, nos fez uma explanação sobre as propostas apresentadas para o Ministro da Agricultura, acerca da situação da dívida dos cafeicultores. Paiva disse, que ao Ministro foi proposto o seguinte:

1 – Prorrogação das dividas oriundas do FUNCAFÉ tangentes aos custeios de tratos culturais, verbas para colheita, CPRs, físicas e financeiras,  serão prorrogadas por 12 anos com juros de 6,75% a.a., havendo bônus de adimplência de 50% nos juros indo para 3,375% ao ano. Referentes aos alongamentos do FUNCAFÉ serão também prorrogados até 2020 com as parcelas vincendas escalonadas proporcionalmente ano a ano partindo de um preço mínimo de R$ 26l,69 reais por saca ou ainda com a possibilidade do pagamento das referidas parcelas em reais (moeda real).   

2 – R.O (Recursos Obrigatórios), há necessidade de uma Resolução do Governo aos bancos visando a renegociação por 5 (cinco) anos de prazo com juros de crédito rural. Os sindicalistas da SINCAL presentes concordam com esta proposta. Dado a difícil situação econômica que vem atravessando a cafeicultura com 1 (um) ano de carência.

3 – R.L. (Recursos Livres), normalmente são recursos aplicados pelos agentes financeiros com taxas mixadas. Há necessidade de uma Resolução do Governo aos Bancos visando a renegociação por 5 (cinco) anos de prazo com juros de crédito rural e, o diferencial da taxa de juros mixadas para o rural tem que ser equalizadas com recursos oriundos de recursos públicos em primeira hipótese e, em último caso recursos do FUNCAFÉ. Os sindicalistas da SINCAL, concordam com esta proposta mas, dado a difícil situação econômica que vem atravessando a cafeicultura é necessário 1(um) ano de carência.

4 – LINHAS DE CRÉDITOS oriundas das Cooperativas de Crédito que se encontram na carteira comercial deverão ser repactuadas a juros de 6,75% a.a respeitando o valor original da divida. Os sindicalistas do SINCAL presentes acham razoável esta proposta mas, dado a difícil situação econômica que vem atravessando a cafeicultura é necessário 1(um) ano de carência.

5 – OPÇÕES FUNCAFÉ, visando a retirada de um milhão de sacas de café, de imediato, com pagamento de imediato para amenizar a situação econômica do cafeicultor. O grupo da SINCAL, concordam plenamente com essas opções, partindo de R$ 300,00 por saca, mas sugerem que os cafés a serem entregues deverão ser tipo 7/ 8, bica corrida.

6 – C.P.R’s FISICAS E FINANCEIRAS vencidas e vincendas em 2009 com a utilização da verba já aprovadas do FUNCAFÉ de 300 milhões de reais as quais deverão ser repactuadas a juros de 6,75% a.a. com parcelas sucessivas de 5 anos. Os sindicalistas presentes acham razoável esta proposta mas, dado a difícil situação econômica que vem atravessando a cafeicultura é necessário  1(um) ano de carência.

7 – PARA AS COOPERATIVAS DE PRODUÇÃO está prevista e ou solicitado uma verba de aproximadamente de 2 bilhões de reais. Os representantes da SINCAL alegam que em outras oportunidades o dinheiro captado foi utilizado para fortalecer o capital de giro em detrimento ao produtor que não recebeu nenhum beneficio ou poucos se beneficiaram da verba. Cabe uma observação, que em outras oportunidades as Cooperativas até mudaram seus Estatutos Sociais para se beneficiarem dos recursos.

8 – Foi proposto elo MAPA, especificamente pelo senhor Bertoni, que todas as verbas do FUNCAFÉ ao redor de 3 bilhões de reais vencidas e vincendas deverão ser transformadas em volume físico de café na faixa de R$ 314,00  por saca para um escalonamento proporcional ano a ano. O preço proposto de R$ 314,00 por saca deverá ser reajustado de acordo com um índice ainda a ser discutido. Esta sugestão não contempla endividamento e queremos que seja feito para a safra de 2010/2011 a compra de 4 milhões de sacas sucessivamente, nos meses de julho a outubro, preço este corrigido pelo IGPM até a efetivação da entrega e recebimento e se o produtor optar pela quitação de dívidas assumidas, poderá fazê-lo. Isto demonstra que o produtor quer renda para honrar seus compromissos. Ainda foi apresentado um estudo visando DRAW-BACK e leilões de 40 a 120 mil sacas/mês. Tanto o DRAW-BACK como os leilões deverão ser discutidos em épocas oportunas pois, no momento precisamos URGENTEMENTE resolver os assuntos de endividamentos dos produtores.


SINCAL – Associação Nacional dos Sindicatos Rurais das Regiões Produtoras de Café e Leite
www.sincal.org.br

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