Saiba como a BM&F pode oferecer lucros que vão muito além dos tradicionais contratos de venda futura

Por: Dinheiro Rural

AGROFINANÇAS
26/06/2009
 
Investimentos em alta
Saiba como a BM&F pode oferecer lucros que vão muito além dos tradicionais contratos de venda futura
 
NICHOLAS VITAL


A recente melhora no cenário econômico mundial vem fazendo com que os investidores voltem com força total ao mercado financeiro. Não é para menos. Segundo especialistas, este momento póscrise é uma ótima oportunidade para se ganhar dinheiro rápido. Seguindo esta onda de otimismo, muitos produtores estão deixando suas fazèndas em segundo plano e apostando suas fichas na BM&F. No geral, eles estão ganhando, mas é exatamente aí que mora o, perigo.


Tentados por histórias de conhecidos que se deram bem, muitos fazendeiros passaram a investir pesado em contratos futuros. 0 problema é que, em muitos casos, eles não possuem expertise suficiente para operar e acabam no prejuízo. Por isso, é fundamental que o inves-tidor procure uma corretora antes de entrar no jogo. “Conheço muita gente que entrou na BM&F na empolgação e acabou quebrando a cara”, alerta o pecuarista Gilberto Goldmann, que deixou a fazenda da família de lado para se dedicar à compra e venda de papéis.


Operando no mercado futuro há dois anos, Goldmann conta que sempre teve a assessoria de uma corretora, mesmo já sendo capaz de negociar sozinho. “Tenho gado na fazenda, mas estou totalmente focado na BM&F. A compra e venda de contratos é um negócio muito rentável, desde que você saiba o que está fazendo. Por isso, é fundamental consultar um especialista”, continua o pecuarista-investidor.


No entanto, é preciso lembrar que investir em commodities não é garantia de lucro. “Quem não entrar na ponta certa, corre o risco de se dar mal”, adverte Victor Nehmi, gestor do fundo de investimentos Sparta. “Para ganhar dinheiro na BM&F, é preciso se antecipar ao mercado”, diz. Se errar a mão, os danos podem ser catastróficos. Para os que desejam arriscar, Nehmi indica três possibilidades: um curso de operador de mercados futuros, um curso básico de análise gráfica e o estudo constante dos setores nos quais se pretende investir, seja ele de soja, milho, café, açúcar, algodão ou gado.


Uma opção menos trabalhosa é investir em fundos de commodities. É o que indica Marcelo Xandó, sócio da gestora Verax. “Não aconselhamos a aplicação direta na BM&F se o investidor não tiver conhecimento suficiente para isso”, diz. Outra opção para os iniciantes são os fundos de investimentos, que diversificam as aplicações e têm garantido um retorno acima da média nos últimos anos.


Um bom exemplo é o Sparta Cíclico, que mesmo em meio à crise teve 72,7% de rentabilidade no ano passado. No Brasil, o fundo opera café, soja, milho e boi gordo.


Nos Estados Unidos, as apostas recaem sobre o trigo, açúcar e o S&P 500 Futuro, índice que baliza o setor de commodities no País. “O fundo não ganha só na alta. Se as commodities caírem, fare mos posições de venda e ganharemos com isso”, explica Nehmi. Se os fundos de commodities rendem ganhos tão significativos por que são pouco explorados? A resposta, segundo Nehmi, está na satisfação. “O investidor está satisfeito com a renda fixa e as ações. Quando esse mercado não oferecer tantos ganhos, as commodities virão à tona”, completa o gestor.
 

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