PERSPECTIVA CAFÉ 2009 – P&A Marketing Internacional faz as perspectivas para o café em 2009

16 de janeiro de 2009 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

Dentre as perspectivas para o café em 2009, destacamos:


• Um quadro de equilíbrio entre oferta e demanda mundial de café, o qual não deve ser determinante para a ocorrência de alterações tão significativas nas cotações internacionais.  Há algumas notícias de possível quebra na safra 2008/09 da Colômbia e dos centrais, mas não acreditamos que sua magnitude seja expressiva. Por outro lado, já se fala bastante em falta de café, devido a 2009 ser ano de safra baixa brasileira e a uma possível quebra, por conta da seca, na safra de conilon do Espírito Santo. No entanto, seu principal efeito, se realmente ocorrer, deve ser dar no primeiro semestre de 2010.


• A rentabilidade da cafeicultura brasileira de conilon, ainda em nível interessante, deve melhorar com a redução nos custos dos fertilizantes. Já o arábica, que teve um ano de 2008 muito difícil, deve ter uma alguma recuperação de rentabilidade em 2009. A queda dos preços dos fertilizantes vai ajudar, além da provável melhoria na oferta de mão-de-obra num quadro de economia menos aquecida.


• A queda nas cotações do café nas bolsas internacionais tem ligação com a queda das commodities em geral, mas tem mais correlação com a forte desvalorização sofrida pelo real. As cotações das bolsas estão quase que sendo reguladas pela cotação do dólar no Brasil. O país é o maior fornecedor mundial e hoje é possível aos importadores adquirir café mais barato, em dólar, sem pressionar as cotações, em real, no mercado físico brasileiro. O mais interessante é que, até agora, a valorização do dólar está maior que a queda nas bolsas de café. A rentabilidade melhorará para os produtores brasileiros de arábica, principalmente caso a taxa de câmbio se estabilize nos níveis atuais e as condições de equilíbrio de mercado lhes permitam se apropriar de parcela mais expressiva da diferença entre as duas.


• Países como Costa Rica, Guatemala, El Salvador e Etiópia, cujas moedas não sofreram desvalorização expressiva após o agravamento da crise mundial perderão competitividade. O que minimiza as chances de aumento significativo dos plantios, no curto prazo. Por outro lado, a Colômbia deve se beneficiar de forma semelhante ao Brasil.


• Como um dos efeitos da crise, já se nota, principalmente nos Estados Unidos, certa retração nas vendas das cafeterias e a migração para o consumo em casa. Espera-se uma acomodação nos preços dos cafés especiais mais caros, mas, para aqueles de valores mais razoáveis, tal movimento pode ser até positivo. Parte do que era consumido nas cafeterias na forma de bebidas a base de café, nem sempre preparadas com cafés especiais, deve ser substituído por especiais consumidos em casa.

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