LOGISTICA – Roubo de cargas tem alta de 19% no Estado de São Paulo

Aumento estaria ligado à migração do roubo de outras modalidades para cargas

Dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo revelam aumento da incidência de roubo de cargas no Estado. No primeiro trimestre deste ano foram registrados 1.849 roubos contra 1.490 em 2008, o que representa aumento de 19,4% nos casos.

O presidente da Comissão de Escolta Armada do Sesvesp (Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado de São Paulo), Autair Iuga, explica que as quadrilhas são extremamente organizadas. “Trata-se de crime organizado. Os membros da quadrilha descobrem o itinerário da transportadora, procuram a carga que tem o maior valor agregado no momento da revenda e, principalmente, verificam se o veículo que faz o transporte possui algum sistema de segurança que dificulte a ação”, afirma.
    
Em 95% dos casos, os roubos ocorrem em um raio de 150 km da capital e em todas as rodovias que chegam ou saem da cidade. O prejuízo anual chega a R$ 250 milhões. De acordo com Iuga, um dos motivos para o aumento desta modalidade de roubo é o fenômeno da migração. “No crime, as quadrilhas especializadas migram de modalidade de roubo conforme a conveniência.  Por isso, vemos, às vezes, uma tendência maior para o roubo a bancos, depois cargas e depois condomínios”, explica.

Um dos métodos para diminuir o número de roubos de cargas é a utilização da escolta armada, já que vários tipos de carga passam a chamar a atenção dos bandidos. “As cargas mais visadas são medicamentos, eletroeletrônicos e defensivos agrícolas. Mas, atualmente, fazemos escolta até para cargas como café e carne de boi”, revela Autair Iuga, que também é diretor geral do Grupo Macor Security. “A segurança pública, sozinha, não dá conta de oferecer segurança nas estradas brasileiras. Por isso, a escolta armada se faz necessária, pois reduz sensivelmente os índices de roubo”, conclui.