INCAPER CAPACITA PRODUTORES SOBRE PODA DO CONILLON PARA AUMENTO DA PRODUTIVIDADE

Por: Blog do café


Produtores vão aprender a nova tecnologia de poda do conillon.


Com o fim da colheita de café, os produtores do Espírito Santo iniciam uma nova fase da produção: a poda. Segundo informações da assessoria de comunicação do Incaper (Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural), essencial para revigorar as lavouras, a poda influencia diretamente nos resultados da próxima colheita.


“Pensando nisso, o Incaper, vinculado à Seag (Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca), em parceria com a prefeitura de Castelo, realiza, na quinta-feira (23), no município, um dia de campo que tem como destaque a Poda Programada de Ciclo, tecnologia desenvolvida para o café conillon, em 2008, que promete aumentar em 20% a produtividade e reduzir em pelo menos 32% a mão-de-obra utilizada no serviço”, explicou o Instituto, por meio de seu site.


O “Dia de Campo sobre a cultura do Café Conillon: Tecnologias para o aumento da produtividade” será realizado a partir das 8h, na propriedade da família Brichara, na comunidade Córrego da Areia. São esperados aproximadamente 200 produtores, os quais participarão de três estações. A primeira será sobre poda; a segunda sobre vergamento, que possibilita o aumento da produtividade nos primeiros dois anos; e a terceira sobre manejo de irrigação.



Técnica do vergamento.


A estação sobre Poda Programada de Ciclo será feita pelo pesquisador do Incaper, Paulo Sérgio Volpi, que mostrará as principais ações ao implemento da tecnologia, além de apresentar suas principais vantagens, entre as quais: aumento superior a 20% na produtividade e redução média de 32% de mão-de-obra no período de 10 colheitas.


O Coordenador Estadual da Cafeicultura do Incaper, Romário Gava Ferrão, destacou as principais vantagens da poda programada: “É uma tecnologia que revigora a lavoura, aumenta a produção, melhora a qualidade final, torna as plantas mais resistentes à seca e menos atacadas por pragas”, detalhou.



Conillon após a poda programada de ciclo.


O engenheiro agrônomo do Incaper, Edimar Celin, considera importante a iniciativa do Instituto. “O objetivo do encontro é difundir essas informações aqui em Castelo. Precisamos preparar melhor os produtores de café para que aumentem a produtividade das lavouras”, ressaltou.


Conforme o Instituto, o município capixaba de Castelo possui 6.400 hectares plantados com café conillon, atividade que envolve 1.300 produtores e cuja produção poderá alcançar 140 mil sacas de 60 kg em 2009.


O diretor-presidente do Incaper, Evair Vieira de Melo, disse que, com a tecnologia, os produtores terão maior retorno. “Os cafeicultores de conillon têm potencial para melhorar a qualidade e a produtividade da sua produção. Basta aplicarem as técnicas disponibilizadas pelo Incaper”, destacou.


Como funciona a Poda Programada de Ciclo do Café Conillon:


— Após o plantio e na condução dos dois primeiros anos da lavoura, é recomendada a desbrota, deixando um número de hastes ou de ramos verticais compatível com as tecnologias utilizadas, ou seja, em torno de 12.000 a 15.000 hastes/ha.


— Após a primeira, a segunda e a terceira colheitas, devem ser retirados os ramos horizontais, que atingiram cerca de 70% da produção, e os brotos novos.


— A poda das hastes verticais deve ser iniciada somente a partir da terceira ou quarta colheita, eliminando-se de 50% a 75% das hastes menos produtivas. Nas lavouras não muito fechadas, é recomendado iniciar a poda na quarta colheita. Já nas lavouras muito fechadas, a poda deve ser feita a partir da terceira colheita. Para definir o ano em que a poda será realizada, é preciso considerar o vigor da lavoura, o crescimento das plantas, a entrada de luz, o material genético, o espaçamento e o nível tecnológico. Paralelamente, os ramos horizontais devem ser eliminados e a desbrota realizada, deixando a quantidade de brotos novos para recompor a lavoura com o número de haste recomendada.


— No ano seguinte, são recomendadas a eliminação do restante das hastes verticais velhas e a desbrota. Nesta fase, já é possível obter uma lavoura revigorada.


— Na colheita do ano subsequente, será visível a produção de uma lavoura totalmente revigorada. E, nos próximos anos, a lavoura deve ser conduzida seguindo as mesmas técnicas.


* Fotos: Assessoria de Comunicação/Incaper

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