Dados do IBGE apontam aumento da produção agropecuária em Rondônia

Por: Emater RO / Wânia Ressuti

Dados do IBGE apontam aumento da produção agropecuária em Rondônia

Sexta-feira, 06 de Março de 2009 – Os dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola – LSPA realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no período de 2006 a 2009, demonstram o bom desempenho da agricultura rondoniense.

A cultura do café apresenta resultados muito interessantes, porque, mesmo tendo reduzido a área plantada, de 162.328 ha em 2006 para 157.921 em 2008, a produção subiu de 88.636 para 112.555 toneladas no mesmo período, e a expectativa de safra para 2009 é de 114.305 toneladas do produto.


Este fato confirma a eficiência do trabalho realizado pela Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater), que segue as diretrizes da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Regularização Fundiária (Seagri).


A Extensão Rural tem trabalhado fortemente em um projeto de recuperação de lavouras cafeeiras, manejo racional da cultura e melhoria da qualidade do produto, através da realização de cursos, palestras e outras capacitações junto aos agricultores familiares.


Os técnicos especialistas em café, Milton Messias e Cláudio Martelli, Seagri e Emater respectivamente, executam um projeto de recuperação de lavouras cafeeiras. Segundo eles existe um grande número de cafezais abandonados ou que os tratos culturais são quase totalmente negligenciados. Nestes casos eles recomendam a eliminação total da lavoura ou a recuperação através das técnicas da recepa, calagem e adubação. Este trabalho contribui para a melhoria da média de produtividade de duas maneiras: aumentando a produção nas lavouras recuperadas e retirando dos registros de área plantada as lavouras eliminadas.


Dentre as varias culturas agrícolas de Rondônia o café foi escolhido por ser a cultura mais representativa e remuneradora da família rural, quando se faz um comparativo entre área cultivada e rendimento obtido. “O café é a lavoura perene mais importante do Estado, e além do enorme potencial produtivo pode melhorar ainda mais a rentabilidade das famílias rurais, apenas com os cuidados pós-colheita, adotando práticas de melhoria da qualidade, e a classificação por tipo”. A afirmação é do técnico Benedito Alves, especialista em comercialização de café, da Emater em Ouro Preto do Oeste.


Em 2008 Benedito classificou 249 amostras de café e com sua orientação foram comercializadas 3.023 sacas de café beneficiado. Embora pareçam poucos, esses números representam um grande avanço numa área sensível e de difícil mudança, devido a questões culturais e conflitos de interesse do mercado. Desde a década de 70, quando começou o cultivo de café em Rondônia, o sistema de comercialização é o “bica corrida”, modelo que favorece o comerciante de café, chamado de cerealista, em desfavor do agricultor.


Para mudar a situação e seguindo orientação da Secretaria da Agricultura, a Emater tem investido na capacitação dos agricultores em atividades ditas da “porteira para fora”. Em 2008 os agricultores confirmam que os cafeicultores que aderiram à orientação dos extensionistas para comercialização do café conseguiram vender sua produção a preços diferenciados, com acréscimo que variou entre 15 e 20 reais por saca de 60 quilos, acima do preço corrente no mercado.


Landerico Spiroto, da linha 81, quilômetro 20, do município de Ouro Preto do Oeste, vendeu 500 sacas, Sinvaldo de Jesus Araújo, da linha 646, no distrito de Colina Verde, em Jaru, vendeu 130 sacas e Adalto Emerich, da linha 81, quilômetro 32, em Nova União, 120 sacas.


Foram beneficiadas, ainda, com a prática da classificação por tipo e comercialização orientada, uma cooperativa e uma associação de produtores, e mais 16 agricultores individualmente. No conjunto eles comercializaram 3.023 sacas de café.


 
 

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