COTAÇÃO DO CAFÉ – Mercado cafeeiro voltou a fechar em alta nesta terça-feira

17 de junho de 2008 | Sem comentários Cotações Mercado









Infocafé de 17/06/08    










 







































































MERCADO INTERNO
 
BOLSAS N.Y. E B.M.F.
Sul de Minas R$ 258,00 R$ 248,00  
Contrato N.Y.

Fechamento

Variação
Mogiano R$ 258,00 R$ 248,00 Julho/2008 139,10 +3,05
Alta Paulista/Paranaense R$ 253,00 R$ 243,00 Setembro/2008 141,75 +3,05
Cerrado R$ 260,00 R$ 250,00 Dezembro/2008 145,45 +3,10
Bahiano R$ 253,00 R$ 243,00  
* Cafés de aspecto bom, com catação de 10% a 20%.
Contrato BMF

Fechamento

Variação
Cons Inter.600def. Duro R$ 236,00 R$ 234,00 Julho/2008 164,70 +2,70
Cons Inter. 8cob. Duro R$ 240,00 R$ 238,00 Setembro/2008 170,35 +2,65
Dólar Comercial: R$ 1,6080 Dezembro/2008 173,60 +2,45


  O mercado cafeeiro voltou a fechar em alta nesta terça-feira, a posição julho em N.Y. finalizou as operações com + 3,05 pontos, impulsionada por compras especulativas, baseando-se na queda das temperaturas no Brasil, juntamente com a alta de outras commodities e pelo dólar mais barato. O frio registrado hoje pela manhã no Paraná não foi suficiente para provocar danos as lavouras, a previsão da Somar Meteorologia é que as temperaturas se recuperem nos próximos dias, antes da chegada de uma nova frente, que também não deve trazer riscos. No interno o alguns negócios foram concluídos porém o volume segue restrito.

  O dólar registrou forte queda hoje em relação ao real, reflexo do ingresso da moeda americana no Brasil por parte de investidores estrangeiros e em linha com sua trajetória nos mercados internacionais de moedas. O dólar cedeu 1,05% e fechou o dia cotado a R$ 1,6080, a menor taxa desde 20 de janeiro de 1999 (quando foi negociado a R$ 1,57). O fluxo de recursos continua positivo, trazendo dólares ao mercado cambial brasileiro e provocando queda nas cotações. Operadores acreditam que o grosso das entradas de recursos está ocorrendo pelo segmento financeiro e o atribuíram tanto às captações privadas quanto a operações de arbitragem. Segundo especialistas, outros países emergentes que oferecem taxas de juros atrativas também registram valorização de sua moeda hoje, mostrando que a busca por ganhos usando a arbitragem é generalizado. É o caso, por exemplo, da lira turca. Num processo semelhante ao brasileiro, o BC da Turquia elevou o juro ontem e sinalizou que manterá o aperto monetário, atraindo recursos. 


  Segundo dados do Informe Estatístico mensal divulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, os estoques governamentais de café totalizavam, em 31 de maio deste ano, 522.375 sacas, representando queda de 0,70% (3.674 sacas) na comparação com as 526.049 sacas armazenadas no dia 30 de abril de 2008. Do volume total armazenado, 522.286 sacas são referentes a estoques do Funcafé (-0,70% frente a abril) e 89 sacas ao Tesouro Nacional (estável). 


  O Ministério da Agricultura, realizará o quarto leilão do ano dos estoques oficiais de café (Aviso de Venda 2.379), no dia 25/06. Serão ofertadas 911 sacas distribuídas em 9 lotes depositados no interior do Paraná. O governo não promoveu leilão dos estoques no mês passado. Desse modo, o balanço mostra resultados até abril, quando foram vendidas por meio de leilões, 160.215 sacas dos estoques oficiais, ou 93,83% da oferta total (170.755 sacas). No ano passado, foram arrecadados perto de R$ 220,659 milhões com a venda em leilão de 1.105.879 sacas de um total ofertado de 1.150.000 sacas. 


  Gilson Ximenes falará sobre o desafio atual da cafeicultura: geração de renda para que o cafeicultor salde suas dívidas e permaneça na atividade com obtenção de lucros.O presidente do CNC, Gilson Ximenes, ministrará a palestra “O Desafio da Geração de Renda na Cafeicultura”, na próxima quinta-feira, dia 19, ao longo da Expocafé 2008, evento promovido pela Ufla (Universidade Federal de Lavras), de 18 a 20 de junho deste ano, na Fazenda Experimental da Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais), em Três Pontas/MG. Segundo Ximenes, a explanação focará as últimas duas décadas da cafeicultura, período em que a atividade, no Brasil, passou por um verdadeiro `drama`. “Isso porque, com o fim dos principais instrumentos de garantia de preços, como as cláusulas econômicas do AIC, a extinção do IBC e a implantação do livre mercado, com 50 países vendendo suas safras a apenas sete grandes indústrias, a receita dos produtores de café, que respondiam por 30% do faturamento da cadeia, caiu para apenas 9% em 2008”, comentou.


Além disso, o presidente do CNC mencionará o emprego de políticas cafeeiras antigas, como a prorrogação de dívidas sem a contemplação de garantia de renda ao produtor. “Ações como esta, sem garantia de renda, aumentaram ainda mais o passivo do cafeicultor brasileiro, que vendia seu café abaixo dos custos de produção”, argumentou ele, acrescentando que, “dessa forma, a atividade cafeeira passou a acumular um prejuízo superior a R$ 2 bilhões”.

No intuito de sempre batalhar por melhorias ao setor produtivo, o CNC, em parceria com outras entidades representativas da classe, como a Comissão Nacional do Café da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) e a Frente Parlamentar do Café, sempre defendeu, junto ao governo, melhorias nas políticas destinadas ao setor. “Priorizamos dois pontos: a repactuação do passivo da atividade e a geração de renda que garanta a liquidação futura das dívidas e o contínuo desenvolvimento da cafeicultura brasileira”, explicou Ximenes. “E os primeiros frutos já foram colhidos com a assinatura da Medida Provisória 432, a qual praticamente sana a questão do endividamento”, completou.O presidente do Conselho Nacional do Café destacou que esse será o foco principal de sua palestra durante a Expocafé, mas que outros pontos relevantes também serão abordados.











 




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