CAFÉ: POSTURA DEFENSIVA DO PRODUTOR E PEPRO ELEVAM PREÇO NO BRASIL

Por: Agência Safras

O mercado internacional de café chega ao final do mês de junho acumulando pouca variação no comparativo com o final de maio. Naturalmente, houve volatilidade ao longo do período, mas o mercado entre altos e baixos encontrou um balanço nos últimos dias, especialmente, entre 110 e 115 centavos de dólar por libra-peso no contrato setembro.

Não houve maiores riscos com geadas e o período é de colheita da safra nova, com o Brasil ainda apresentando bons volumes exportados, apesar da produção bem modesta na temporada 2007/2008. Estes são os fatores negativos para as cotações. Do lado altista, o ano de safra menor no Brasil, com queda nos estoques mundiais, e os leilões de Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor) anunciados e com uma operação já realizada deram sustentação à Bolsa de Nova Iorque.

No balanço do mês, a Bolsa de NY fechou o último dia de maio (31) com o contrato setembro a 114,75 centavos de dólar por libra-peso. Nesta quinta-feira (28 de junho), o contrato setembro fechou a 112,20 cents, com o comparativo com o final do mês anterior apontando uma queda de pouco mais de 2%.

Já no mercado físico brasileiro, a resistência do produtor, com oferta curta, e os leilões de Pepro fizeram com que o mercado subisse no mesmo comparativo, e isso com o dólar praticamente inalterado e NY tendo até desempenho negativo no mesmo balanço.

O fato é que o Pepro indica um preço para o produtor de R$ 290,00 a 315,00 a saca, dependendo do tipo de café, e o cafeicultor tende a esperar que o mercado alcance este patamar. Quem realizou a operação e detém o prêmio, tende a esperar que o mercado suba para usar o prêmio encontrando um comprador para seu café. E quem não realizou, espera também que o mercado possa subir, para entrar vendendo o produto a um preço mais alto.

Assim, no mercado físico brasileiro de café, enquanto o mês de maio fechou com o bebida dura no sul de Minas Gerais cotada a R$ 233,00 a saca, o mês de junho vai chegando ao final com cotação de R$ 240,00, com alta de 3% no comparativo.

O leilão de Pepro da última quarta-feira, 27, cumpriu com as expectativas e foram negociadas todas as 4 milhões de sacas ofertadas.
(LC)

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