ANGOLA – Participantes trocam experiências sobre melhoramento genético do café
Uíge
Participantes trocam experiências sobre melhoramento genético do café
Uíge – Os participantes do seminário sobre investigação científica e desenvolvimento da cafeicultura em Angola, que decorre no Uíge desde quarta-feira, discutirão hoje, quinta-feira, o melhoramento genético do café.
O tema, que será apresentado pelo professor brasileiro Ney Sakiyama, é do interesse dos especialistas e cafeicultores locais tendo em conta que, normalmente, as culturas melhoradas tendem a produzir cerca de quatro vezes mais do que as originais.
O seminário vai discutir também a obtenção de variedades de cafeeiros resistentes a ferrugem alaranjada e antracnose dos frutos verdes (cogumelo parasita) e o controlo das principais pragas, assim como as vantagens e desvantagens da reprodução vegetativa e generativa do café robusta.
No tema sobre agrotécnica e protecção integrada, os participantes vão se debruçar sobre as potencialidades agro-ecológicas para a produção do cacau em Angola, técnicas de reabilitação de plantações cafeícolas abandonadas no Amboim, o interesse de um programa de protecção integrada para o sector do café em Angola.
Outro tema em abordagem será a investigação e agronomia, painel em que serão destacadas questões sobre a contribuição para a investigação cafeícola de Angola, o consumo de café no Uíge e costume secular, estudo da rentabilidade e competitividade da cultura do cafeeiro a nível nacional e internacional e a avaliação do processo de secagem do café na região do Amboim-estudo de caso.
Os trabalhos estão a ser acompanhados pelo ministro da Agricultura, Pedro Canga, que chegou quarta-feira a cidade do Uíge.
Para o director nacional do INCA, João Ferreira da Costa Neto, a participação dos especialistas e produtores é positiva e está a permitir uma discussão construtiva para o reforço das ideias e actividades tendentes a recuperação e desenvolvimento do sector do café no país.
Segundo o responsável, regista-se uma mobilização significativa de produtores e com base num financiamento público de USD 130 milhões e privado de USD 150 milhões há
previsão de se atingir, a médio prazo, uma produção de mais de 50 mil toneladas de café comercial.