Vai um cafezinho aí? Especial Folha de Niterói

26 de maio de 2008 | Sem comentários Cafeteria Consumo
Por: Folha de Niterói

24 de Maio – Dia Nacional do Café


Vai um cafezinho aí?


Barbara Marques


Açúcar ou adoçante? Geralmente essa é a pergunta que antecede ao clássico golinho de café, seja no escritório, no restaurante, na lanchonete ou em casa. No Brasil, como em muitos lugares do mundo, apreciar a bebida faz parte de um hábito social, antes de ser visto como complemento alimentar, e levanta suspeitas junto à população em relação ao seu consumo, se faz bem ao mal à saúde. Por isso, vale a pena, no Dia Nacional do Café, 24 de maio, trazer à tona a polêmica e esclarecer quais os benefícios e malefícios o alimento pode proporcionar, até porque, segundo pesquisas, dos 6 bilhões de brasileiros, 1 bilhão toma café diariamente.


“O café não cria doença, mas o consumo excessivo dele”, esclarece o mestre e doutor (PhD) em Medicina Darcy Roberto Lima, que também leciona na Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. Mas o açúcar, o sal, a proteína, a vitamina, diz ele, também fazem mal se ingeridos em grande quantidade. “O ideal é ter moderação no consumo de qualquer coisa. Até beber água demais faz mal”, alerta o médico


A dose diária recomendada para adultos é de quatro xícaras grandes e de duas xícaras de café com leite para crianças. Existe a polêmica quanto ao uso da bebida feito por gestantes. Nesse caso, o especialista recomenda às grávidas que tomem no máximo duas xícaras de café por dia, misturado ao leite.


Hoje dona de casa, Maria de Fátima S. Magalhães conta que em uma época de trabalho intenso passou o dia todo à base de café, para eliminar a sensação de fome. Ela nem se lembra quantas doses ingeriu no dia fatídico, inclusive em substituição a outras refeições. Resultado: “Passei muito mal e fui parar na emergência, vomitava sem controle. Assim que cheguei, o médico me perguntou se eu havia consumido alguma droga. Quanto contei que havia tomado café o dia todo, ele chegou ao diagnóstico: intoxicação por cafeína”, relembra.


A intoxicação é uma das conseqüências do abuso do café. Além desta, o excesso pode desencadear crises de pânico, ansiedade, palpitação, mal de estômago, diarréia, entre outros problemas. Mesmo assim, o professor ressalta que não há caso na humanidade de alguém que tenha morrido por excesso de café, ao contrário de outras substâncias como o álcool, por exemplo.


Um suco quente de fruta


Quanto ao consumo moderado da bebida, o professor Darcy Lima enumera vantagens que vão desde o estímulo intelectual à prevenção de enfermidades. Na adolescência, o hábito de tomar café pode ser produtivo porque torna o cérebro mais atento, estimula a memória, a concentração e a atenção, melhorando a atividade intelectual. Além disso, previne doenças cardíacas e degenerativas como mal de Alzheimer e até certos tipos de cânceres (colo retal, fígado e mama). “Eu me sinto mais calma tomando café. Passei a ter esse hábito nos intervalos na escola, entre uma aula e outra”, conta a professora de Biologia Márcia F. Machado. Pesquisas no Brasil e no exterior revelam que o café também é usado para prevenir depressão e tendência ao suicídio. “Nos EUA, existe a tentativa de substituir o hábito do refrigerante pelo café nas escolas. A medida foi tomada, entre outros motivos, para combater a obesidade. Aqui no Brasil, já existe um projeto de lei que prevê a inclusão do café na merenda escolar”, revela o especialista.


Lima afirma que o café é uma bebida saudável, com baixa concentração de calorias, por isso não engorda se tomado sem açúcar. “Ele é um suco de fruta quente. O problema é que, antes, as pesquisas davam muita importância à cafeína, mas existem outras substâncias muito mais interessantes que o compõem, como minerais, aminoácidos, vitaminas e lipídeos”. Só é recomendável não fazer uso do café durante a noite, já que é uma bebida que possui efeitos estimulantes. Desse modo, pode dificultar o sono se ingerido horas antes de dormir.


Café de fezes é o mais caro do mundo


Produto é fabricado à base de grãos recolhidos
das fezes de um animal da Indonésia


Pasmem. O café mais caro e raro do mundo é feito de fezes. Isso mesmo! Para quem nunca ouviu falar, o Kopi Luwak é fabricado à base de grãos recolhidos dos dejetos de um animal típico da Indonésia, o luwak. São produzidos somente 230 quilogramas por ano. O quilo da raridade custa cerca de R$1.500 e cada cafezinho é vendido, portanto, a R$20.


De acordo com os conhecedores desse café, o processamento ocorre dentro do animal, através de fermentação no aparelho digestivo. Depois do preparo, o aroma fica intenso e o gosto, doce, que lembra chocolate meio amargo.


Os mais famosos 


À moda russa: 4 ovos, 1 laranja, 1/2 limão, 2 maçãs, 3 bananas, 1 copo e meio de café, 1/2 taça de açúcar e uma dose de run. Durante um minuto, bater no liquidificador (em velocidade média) os ovos, as frutas e o café. No final, adicionar o açúcar e o rum. Servir.


Moscovita: Café com açúcar e vodka.


Chateau: Partes iguais de café e licor de cerejas, coberto com creme de chantilly.


Americano: Feito com o dobro ou mais água do que o café brasileiro.


Brown owl: Colocar em uma coqueteleira 1 taça de café forte, 1 ovo inteiro, 1 colher de sopa de creme de leite fresco, um pouco de mel ou açúcar e um pouco de gelo picado. Agitar durante cerca de 4 ou 5 minutos e servir.


Árabe: Açucarado, feito com água fervida, canela e cardamomo (semente aromática da Índia).


Japonês: Com leite condensado, licor 43, brandy, canela, uma rodela de limão e alguns grãos de café.


Bombom: Café com leite condensado em Alicante (província da Espanha).


Catalán: Misturado com um pouco de licor de creme catalão. Também pode ser acrescentado um pouco de leite.


Cappuccino: Café expresso com leite de excelente qualidade, aquecido com o vapor da cafeteira para conseguir muita espuma que aflora e banha a superfície da taça.


Expresso: A água fervendo passa pela pressão do filtro cheio de café moído não muito fino.


Biberón de Milan: Colocar em uma coqueteleira uma taça de café muito forte, 3 colheres de sopa de leite condensado, 1 gema de ovo, 2 copos de vermouth, 1 rodela de limão, um pouco de canela e gelo picado. Agitar por cerca de 4 ou 5 minutos e servir.


Irlandês: Bebida é fruto da imaginação de um barman irlandês que decidiu incorporar whisky e nata a um café quente e açúcar.


Escocês: Misturado com açúcar, licor de creme de café, whisky escocês e creme de leite, decorado com nata batida e pistaches picados.


Fariseu: Mistura de cacau, café, rum e nata.


Puchero: É uma mistura de água e café na proporção de uma colher de café para cada taça de água, que se coloca no fogo e se retira no momento que começa a ebulição. Antes de servir, deixar em um recipiente repousando e depois usar um filtro de papel para coar.


Turco: Colocar o pó finíssimo de café misturado com açúcar em um bule, adicionar a água e ferver. Deixar repousar e beber sem filtrar.


Royal: Originalmente, coloca-se um pão de açúcar na taça que se impregna até a metade de café quente e a parte superior se umedece com conhaque, flamba-se e cobre-se com nata. Se não há pão de açúcar, deve ser utilizado o açúcar branco misturado com café e conhaque flambado


Coquetel de café: Colocar em uma coqueteleira 1 taça de café muito forte, 4 colheres de sopa de leite condensado, 1/2 copo de água e um pouco de gelo picado, acrescentando, se desejar, um pouco de baunilha em pó. Agitar durante cerca de 4 ou 5 minutos e servir.


Fonte: www.cafeesaude.com.br
 

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