Turismo rural é também voltar no tempo nas
fazendas históricas de São Paulo
Turismo rural é também voltar no tempo nas fazendas históricas de São Paulo.
Visitar antigos engenhos de açúcar do século 18 e conhecer as senzalas do ciclo
do café, que enriqueceu barões até 1929. Ao mesmo tempo em que essas
propriedades ajudam a alavancar o turismo no Interior do Estado, é justamente o
turismo que as preserva. Até uma associação foi criada para representar o setor.
O grupo Fazendas Paulistas reúne as propriedades rurais abertas ao público. Veja
algumas sugestões:
Fazenda Pinhal
Em São Carlos, a fazenda guarda os registros do ciclo do café e conserva
detalhes do passado do conde e da condessa do Pinhal, parte da aristocracia
rural paulista do século 19. Foi tombada pelo Condephaat, em 1981, e pelo
Patrimônio Histórico Nacional, em 1987.
As palmeiras imperiais dão o ar imponente. Na casa grande, móveis, quadros a
óleo, louças e fotografias do século 19 estão preservados. Os hóspedes visitam
os terreiros e a antiga senzala. Na tulha, observam o lugar onde o café era
beneficiado. Aberta para hospedagem em 2003, faz parte da Associação Roteiros de
Charme e tem 14 apartamentos de luxo. Diárias a partir de R$ 590 (casal), com
pensão completa. Informações: (0–11) 3064-3663; www.fazendapinhal.com.br.
Fazenda Capoava
Já imaginou dormir na senzala? Pois os chalés da Fazenda Capoava preservam
paredes, janelas e tetos originais – com todo conforto claro! O local, em Itu,
já foi passagem de bandeirantes e serviu para plantações de cana-de-açúcar e,
depois, café. Documentos e objetos de diferentes épocas estão expostos no museu.
Para lazer, que tal cavalgadas ou trilhas? A fazenda foi totalmente restaurada
há seis anos e tem 25 chalés. Diárias a partir de R$ 558, com pensão completa.
Informações: (0–11) 4023-0903; www.fazendacapoava.com.br.
Fazenda Santa Maria
Em Campinas, foi fundada em 1830 pelo comendador Antônio Manuel Teixeira, o
primeiro prefeito eleito da cidade, para a cultura do café. A arquitetura tem
influência mineira. A sede, a senzala e a capela foram recuperadas e contam
séculos de história. Além de conhecer a fazenda, os visitantes podem dormir no
casarão. Eles são recebidos pelos proprietários e seguem o dia-a-dia do local.
Segundo uma das donas, Suzana Ulson Cardoso, há cinco quartos para turistas.
Diárias a R$ 100 por pessoa, com café. As refeições, cobradas à parte, custam R$
30. Informações: (0–19) 3298- 6423; www.fsantamaria.com.br.
Fazenda Dona Carolina
Importante produtora de café da região de Itatiba, foi construída em 1872 por
Dona Carolina e seu marido, José Alves Cardoso – as iniciais dos nomes e o ano
ainda estão esculpidos na porta de entrada. Carolina era republicana e
abolicionista e, antes mesmo da abolição oficial, em 1888, libertou seus
escravos A propriedade ainda pertence à família Cardoso, que transformou a
fazenda em hotel e restaurou as construções centenárias. Além da história, os
hóspedes curtem 32 quilômetros de trilhas ecológicas – a pé ou a cavalo. Diárias
a R$ 490 para o casal, com pensão completa (de quinta a domingo). Informações:
(0–11) 4534-9100; www.donacarolina.com.br.
Fazenda Vanguarda
Nas salas da propriedade, em Amparo, o republicano e abolicionista Tristão da
Silveira Campos dirigiu reuniões que deram origem ao Partido Republicano
Paulista e criaram a famosa Convenção de Itu. Até hoje, o plantio de café é a
atividade principal. A fazenda tem 100 mil pés, máquinas de beneficiar e torrar
e moinho para visitação, além de promover degustações de café. A diversão também
está nos lagos de pesca esportiva e nos passeios a cavalo por reservas de mata
atlântica. A senzala virou o Museu da Cultura Africana e Negritude Brasileira.
Com pensão completa, diárias por a partir de R$ 180 para o casal. Informações:
(0–19) 3807- 2024; www.fazendavanguarda.com.br.