Telefonia rural começa a ser implantada em janeiro, diz ministro

O ministro das Comunicações, Hélio Costa, informou há pouco que em janeiro começará a ser implantado no País o sistema de telefonia rural na faixa de 450 megahertz. A grande vantagem do novo sistema é sua abrangência, disse o ministro, já que, enquanto o alcance da telefonia celular é de aproximadamente cinco quilômetros, o do novo sistema será de 50 quilômetros.

Hélio Costa falou à Agência Estado ao sair de uma reunião com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, e um grupo de cafeicultores de Minas Gerais. O encontro foi no Ministério da Agricultura. Sobre a telefonia rural, Costa acrescentou: “A parte técnica está avançada. O ministério já preparou a portaria sobre o tema, e as empresas do setor já começam a se preparar para a implantação do novo sistema.”

Na reunião com Stephanes, o ministro das Comunicações foi o interlocutor dos produtores de café da Região Sul de Minas. Costa explicou que, há cerca de um mês, durante um encontro em Minas, ele próprio se propôs a fazer a ponte entre os cafeicultores e o Ministério da Agricultura.

O presidente do Conselho Nacional do café (CNC), Gilson Ximenes, contou que foi informado hoje pelo ministro Hélio Costa sobre o fato de que a implantação da telefonia rural começará em janeiro. “Isso é algo de interesse para toda a agricultura brasileira”, disse Ximenes. A informação repassada por Costa aos produtores é de que os investimentos para a implantação do novo sistema são considerados relativamente baixos para o setor privado.

Segundo o presidente do CNC, o assunto que atraiu os cafeicultores à reunião foi o saneamento da dívida do setor. Eles querem que seja estendido até 2020 o pagamento dos débitos – em produto, a um preço de referência de R$ 314,00 a saca. A dívida dos cafeicultores, segundo Ximenes, é de R$ 3,2 bilhões.

O ministro Stephanes voltou a afirmar que a demanda dos cafeicultores “faz sentido”. Há tempos, ele vem dizendo que o setor enfrenta problemas com o preço do café, mas que as dificuldades são regionais e assim deverão ser tratadas pelo governo.