A Sara Lee, maior torrefadora de café do Brasil, planeja focar na inovação e no desenvolvimento de marcas que já estão em seu portfólio para consolidar a liderança no país, que é o segundo maior mercado de café do mundo.
A demanda por café no Brasil tem avançado a uma taxa entre 3% e 5% por ano – mais rápido do que em mercados tradicionais, como Estados Unidos e Europa. “Esse ritmo deve continuar enquanto a economia cresce e a renda aumenta”, disse Ricardo Souza, diretor de marketing da Sara Lee, em entrevista à agência Dow Jones Newswires. Desde que chegou ao Brasil, em 1998, a companhia de origem americana adquiriu importantes marcas, mas espera agora que o crescimento orgânico norteie o futuro de seus negócios.
Atualmente, a Sara Lee detém 22% da fatia do mercado interno e é dona da Pilão, marca líder de vendas no Brasil. Ainda que as margens dos torrefadores tenham sido espremidas nos últimos anos pelo alto custo do grão, o café permanece mais barato no Brasil do que em outros países e o mercado interno tem potencial para agregar valor, na medida em que a escala aumenta.
Segundo Souza, os brasileiros elevaram o consumo da bebida fora de casa e estão mais exigentes. “O segmento premium, de cafés de qualidade, vem crescendo mais rapidamente do que as marcas mais baratas”, explicou.
Ele acrescentou que a Senseo, marca de máquinas de café lançada há quase 2 anos, também tem sido bem recebida no Brasil. “Estamos tendo um grande sucesso com este produto. É um segmento que vem crescendo e tem ajudado a recuperar a rentabilidade no mercado”, completou.(Valor)
H.Commcor