Santa Cecília: fazenda preserva nossa história

1 de novembro de 2010 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado
Por: EPTV

Fazenda centenária conserva todas as etapas de produção do café




01/11/2010 – 09:10


Caminhos da Roça




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Essa semana o Caminhos da Roça visitou a fazenda centenária Santa Cecília, a antiga Santa Carlota. Quem nos contou um pouco da história dessa bela fazenda foi o senhor Renato Oliva, marido da dona Cecília Moreira Oliva que é a neta do fundador da fazenda.


– A fazenda foi fundada por José Sampaio Moreira, avô da minha mulher, da cecília, e que fundou ainda no século dezenove, nos finais do século dezenove e esta fazenda foi uma grande fazenda produtora de café. Hoje produz muito menos café, mas ela ainda é referência porque é uma das poucas fazendas da região completa na produção do café, desde a produção, beneficiamento, o tratamento, a secagem do café, tudo feita da maneira natural. Temos terreirões antigos, um sistema férreo, um sitema francês de colocação do café pronto, seco, nas tulhas, então ela foi até referenciada agora no aniversário da cidade de ribeirão preto, ela foi referenciada praticamente como a única fazenda completa em café. A fazenda chamava-se Santa Carlota, era uma fazenda muito grande que foi dividida entre os filhos, netos e alguns bisnetos do fundador.


Quem foi esse fundador? Qual a importância dele para o Estado de São Paulo, para a cidade de São Paulo e para a região?


– “Ele foi um homem de destaque na vida econômica de São Paulo. Ele foi referenciado como o que construiu o primeiro prédio de doze, treze andares em São Paulo. Na época foi uma revolução. Depois de alguns anos foi construído o Edifício Martineli, que tinha 26 andares, o dobro do Sampaio Moreira. E a fazenda era tão grande que recebeu um ramal da estrada de ferro da linha Mogiana, para que o café fosse exportado para o Porto de Santos.


Então, na época ela também era muito importante?


– “Era muito importante, ela quase que concorria com a cidade de Cajuru, que fica a 10 quilômetros daqui, porque ela tinha população, escolas, igreja, ela tinha uma vida social, o clube da fazenda que ainda hoje é frequentado para casamentos, festas, na igreja e depois na fazenda.


Não só a sede continua preservada, outros prédios da propriedade também?


– “Todos os prédios. Tem um prédio, como o da Tulha, que foi construído todo com pedras grandes, que são da própria pedreira da fazenda, tem mais de 100 anos, foi construído em 1905. É praticamente único no estado de São Paulo, no Brasil. Pessoas que viram o prédio da tulha acharam que era impossível existir ainda um prédio deste porte, dessa invergadura”.


Por que a família quis preservar tudo isso?


– “De fato até hoje ela está de pé porque nós achamos que é muito importante a apresentação dessa fazenda, é um respeito que nós fazemos para os nossos antepassados. Não é possível você desmanchar uma coisa que foi feita com tanto trabalho, com tanto suor, porque aqui nunca houve escravatura, mão-de-obra escrava, mas de qualquer maneira o trabalho era manual e isso merece um respeito muito grande”.


O que é que os visitantes dizem quando conhecem tudo isso?


– “Eles ficam encantados com essa fazenda. As senhoras por exemplo gostam muito da Casa de Boneca, elas gostam de brincar. Eu falo que as meninas do sete aos 77 anos adoram”.

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