Rede de livrarias Nobel, que já é dona de lojas de café, vai vender franquia de loja de brinquedos

27 de fevereiro de 2007 | Sem comentários Cafeteria Consumo
Por: 26/02/2007 05:02:42 - O Estado de São Paulo

Nobel usa brinquedos para vender mais livros



A experiência mais recente da Livraria Nobel é, no mínimo, educativa. A rede tirou 200 metros quadrados da sua livraria em Piracicaba, no interior de São Paulo, para abrigar uma loja de brinquedos, a Zastras. Apesar da redução do espaço, o faturamento da livraria cresceu 10% após a inauguração da loja, segundo cálculos do diretor-geral da Nobel, Sérgio Milano. Para ele, o teste leva a pelo menos uma conclusão: os brasileiros compram livros, só é preciso atrair a atenção deles para as estantes. “Se colocar no lugar certo, vende”, diz Milano.


Em junho, Milano promete começar a franquear o novo modelo, que pode estar junto ou não da Livraria Nobel. A primeira Zastras foi aberta no ano passado, com brinquedos educativos e um espaço privilegiado para livros infantis.


Essa não é a primeira vez que a Nobel cria estímulos para vender seus livros. Há dois anos, montou o Vanilla café ao lado de uma de suas livrarias. A rede Vanilla, que serve cafés e refeições leves, tem 12 lojas, oito delas ligadas à Nobel.


Milano converteu-se num franqueador profissional. Ele hoje está à frente de quatro franquias – além de Nobel, Zastras e Vanilla café, tem também uma marca de móveis e decoração modernos, a Benedixt.


A idéia de transformar a Nobel numa franquia foi uma maneira de sustentar o crescimento da rede. No começo dos anos 90, a bandeira Nobel aparecia em vinte lojas, todas próprias. Como a empresa não tinha capital para financiar a expansão, resolveu recorrer à franquia.


Em 2002, a rede ventilava planos de chegar à marca de 500 lojas em três anos. A meta não foi cumprida. A Nobel tem 161 lojas (13 fora do País) e planos de abrir outras 48 ainda neste ano.


Em termos de receita, são lojas modestas perto da Saraiva ou da Cultura. A rede faturou R$ 120 milhões em 2006. “Tenho certeza que a Fnac gostaria de abrir mais lojas no Brasil, mas para ela é complicado chegar a cidades menores. Para nós, qualquer cidade acima de 50 mil habitantes é apropriada”, diz Milano. A Nobel tem formatos que variam de 50 a 1,2 mi metros quadrados. “Enquanto as outras livrarias ficam se digladiando pelos grandes shoppings, nós queremos crescer em cidades menores e lojas de bairro.”

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