A parcela de crédito fornecida pelos bancos privados à agricultura sumiu nesta safra, ao mesmo tempo que as tradings também se retiraram. O resultado foi uma pressão maior sobre o governo. Mesmo assim há recursos. A afirmação é do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, ao visitar ontem o Show Rural Coopavel, em Cascavel (PR).
SOBRAM RECURSOS
Há recursos neste primeiro trimestre. Existem R$ 3 bilhões à disposição dos produtores brasileiros em condições de tomar crédito, afirmou Luís Carlos Guedes Pinto, vice-presidente de agronegócio do Banco do Brasil. Só para o Paraná, são R$ 930 milhões.
VAI BEM
O agronegócio vai bem, mas temos que saber administrar a crise, diz Bernardo. O governo está promovendo uma antecipação de recursos, restabelecendo crédito e verificando preços mínimos. Guedes diz que o resultado foi um aumento de 500% no volume de crédito para a comercialização. O governo não tem, no entanto, o número de produtores que não estão “aptos” ao crédito.
ESTATIZAÇÃO
Segundo Roberto Requião, governador do Paraná, uma das soluções para o crédito seria a estatização. Ou seja, toda liberação teria de passar por um banco público