Preço deve reagir com leilões de opções, diz CNC

Por: Agência Estado

26/05/2009 – O presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Gilson Ximenes, disse hoje que os preços do café devem reagir com o início dos leilões de opção de venda pública, que o governo realizará nas próximas semanas. Segundo ele, é preciso que as cotações do café melhorem para que o produtor possa investir nas lavouras, retomar os tratos culturais.


Ximenes informou que a colheita da safra 2009/10 está apenas começando no sul de Minas, principal região produtora do País. Até o momento, cerca de 2% da área foi colhida. O clima é favorável e a qualidade dos grãos promete ser boa, afirmou ele, que participou hoje do 3º Fórum do Café, promovido pelo Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé), em hotel de São Paulo.


O presidente do CNC comentou que não partiu do CNC a reivindicação de substituição do atual secretário de Produção e Agroenergia, Manoel Bertone, do Ministério da Agricultura. “Desconheço essa sugestão, que não partiu do CNC”, garantiu.


Ele ressaltou, no entanto, que o setor continua a reivindicar do governo uma solução negociada para o endividamento da cafeicultura, estimada em cerca de R$ 4,2 bilhões. Até o momento, já se encontrou solução para perto de R$ 1 bilhão em dívidas do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), que permitirá a entrega de produto físico, a partir do primeiro vencimento em junho próximo.


“Queremos renegociar o restante da dívida de modo que seja possível a conversão por produto, a um preço condizente com a realidade do setor, por um prazo de 20 anos”, disse Ximenes. O preço de referência sugerido pelo CNC é de R$ 320 a saca de 60 kg. O preço mínimo foi reajustado recentemente para R$ 261,69. Ele explicou que, do total de R$ 3,2 bilhões em débitos, R$ 1 bilhão são financiamentos de estocagem, “que não tem o que mexer, pois a garantia é o próprio café”. Há, porém, mais cerca de R$ 1 bilhão em dívidas de custeio (vencidas e a vencer), além de mais R$ 1,2 bilhão em Cédula de Produto Rural (CPR), recursos obrigatórios e empréstimos interbancários, que estão sem solução.

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