Pesquisa revela como fatores sociodemográficos contribuíram para o aumento do consumo de café durante pandemia

Por Carolinne Souza

A pandemia da COVID-19 alterou inúmeros hábitos dos brasileiros, dentre eles o consumo de café. A bebida que estava mais presente no trabalho e restaurantes passou a ser mais consumida em domicílios devido ao isolamento social.

Visando entender melhor as alterações na ingestão de café, um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa, apontou como fatores sociodemográficos estão associados com o aumento do consumo.

A pesquisa contou com dados de 841 consumidores das cinco regiões geográficas do Brasil. Além de perguntas sociodemográficas, o questionário contou com perguntas sobre a quantidade de xícaras de café (150 mL), consumidas por dia, antes e durante a pandemia.

Os resultados do estudo indicaram que a escolaridade, a idade e região influenciaram na alteração do consumo de café. A maioria dos participantes da pesquisa têm pós-graduação (48%), pode-se inferir que esse público, por realizar o trabalho em home-office, possa ter aumentado o estresse e, consequentemente, o consumo de café no período da pandemia.

Já a idade tem relação inversamente proporcional ao consumo de café, ou seja, quanto menor a idade, maior o consumo da bebida. Observou-se que 64,1% dos participantes são jovens na faixa etária de 20 a 39 anos.

Dessa forma, a pesquisa demonstrou que o aumento do consumo de café está associado a fatores sociais e vai além de atributos sensoriais, assim foi levantado um perfil consumidor para residentes da região Sudeste, na faixa etária de 20 a 39 anos, com maior nível de escolaridade.

Para acessar a íntegra do estudo clique no link: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/doc/1158661/1/Fatores-sociodemograficos-associados-2023.pdf