Para o agricultor, pior seria faltar chuva

14 de fevereiro de 2007 | Sem comentários Mercado Previsão do Tempo
Por: 11/02/2007 11:02:06 - Jornal A Cidade

Mesmo com a ressalva de que “em excesso, tudo faz mal”, a agricultura – pelo menos até agora -, de modo geral, não sofre prejuízo com o alto volume de chuva que causa transtornos em outras áreas de atividade. Pior seria se, nesta época, faltasse chuva, segundo os especialistas em produção rural.

“Nesta época do ano, a chuva é necessária, imprescindível, tanto para as lavouras perenes, como para as anuais, contribuindo para o desenvolvimento das plantas e, conseqüentemente, para o aumento da produtividade”, expressa o agrônomo Fernando Zorzenon, do escritório da Secretaria Estadual da Agricultura em Ribeirão Preto.


Só hortaliças afetadas

A exceção fica por conta das hortaliças, afetadas pelo excesso de umidade, principalmente no caso dos produtos de folhagem, como alface e couve, e a conseqüência disso, ao lado da perda de qualidade, é o aumento do preço para o consumidor. Mas também há que se considerar que boa parte das verduras hoje é produzida em áreas cobertas por plástico, as chamadas estufas, garantindo o processo de produção mesmo sob fortes chuvas.


Colheita do amendoim

Entre as lavouras anuais, a preocupação maior é com o amendoim, não agora, mas se a chuva continuar incessante em fevereiro, época da colheita. O amendoim ainda ostenta certa importância econômica na região, por ser utilizado como cultura de rotação nas áreas de renovação da cana-de-açúcar, principalmente nos municípios entre Ribeirão Preto, Sertãozinho e Jaboticabal.


A soja está ótima

Já a partir de Jardinópolis até a divisa com Minas Gerais, incluindo as regiões laterais, a cultura de rotação com a cana mais utilizada é a soja, que hoje registra ótimo desenvolvimento, mesmo estando suspensas as operações de tratos culturais, uma vez que o solo úmido não permite a ação das máquinas.

“Com dois ou três dias de sol, esse problema estará resolvido”, explica o agrônomo Arnaldo Martins de Andrade, da Carol (Cooperativa dos Agricultores da Região de Orlândia). Segundo ele, até agora não foi detectada ocorrência séria de doenças e pragas que poderiam influir negativamente na produtividade. Em geral, os produtores estão esperando uma das melhores colheitas dos últimos anos.


Bom para café e cana

O agrônomo Arnaldo observa que o café, cultura perene, também está sendo favorecido pela chuva face ao crescimento dos frutos da safra deste ano e a formação dos ramos para a produção a ser colhida em 2008. Para este ano, independentemente da chuva, já se espera produção menor de café em função do fenômeno da bianualidade, pois em 2005 a carga de grãos foi elevada. }

O desenvolvimento das plantas de cana-de-açúcar igualmente se beneficia agora, quando se define o seu perfilhamento, explica o agrônomo Fernando Zorzenon. Problema tem sido entrar nos canaviais para cortar o mato cujo crescimento ocorre mais com as chuvas. Mas é um transtorno passageiro, isso também se sentindo em relação à conservação de estradas rurais afetadas por enxurradas.



Carlos Alberto Nonino
Especial para A CIDADE 

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Para o agricultor, pior seria faltar chuva

21 de janeiro de 2007 | Sem comentários Mercado Previsão do Tempo
Por: 21/01/2007 11:01:49 - Jornal A Cidade

Mesmo com a ressalva de que “em excesso, tudo faz mal”, a agricultura – pelo menos até agora -, de modo geral, não sofre prejuízo com o alto volume de chuva que causa transtornos em outras áreas de atividade. Pior seria se, nesta época, faltasse chuva, segundo os especialistas em produção rural.
“Nesta época do ano, a chuva é necessária, imprescindível, tanto para as lavouras perenes, como para as anuais, contribuindo para o desenvolvimento das plantas e, conseqüentemente, para o aumento da produtividade”, expressa o agrônomo Fernando Zorzenon, do escritório da Secretaria Estadual da Agricultura em Ribeirão Preto.


Só hortaliças afetadas
A exceção fica por conta das hortaliças, afetadas pelo excesso de umidade, principalmente no caso dos produtos de folhagem, como alface e couve, e a conseqüência disso, ao lado da perda de qualidade, é o aumento do preço para o consumidor. Mas também há que se considerar que boa parte das verduras hoje é produzida em áreas cobertas por plástico, as chamadas estufas, garantindo o processo de produção mesmo sob fortes chuvas.


Colheita do amendoim
Entre as lavouras anuais, a preocupação maior é com o amendoim, não agora, mas se a chuva continuar incessante em fevereiro, época da colheita. O amendoim ainda ostenta certa importância econômica na região, por ser utilizado como cultura de rotação nas áreas de renovação da cana-de-açúcar, principalmente nos municípios entre Ribeirão Preto, Sertãozinho e Jaboticabal.


A soja está ótima
Já a partir de Jardinópolis até a divisa com Minas Gerais, incluindo as regiões laterais, a cultura de rotação com a cana mais utilizada é a soja, que hoje registra ótimo desenvolvimento, mesmo estando suspensas as operações de tratos culturais, uma vez que o solo úmido não permite a ação das máquinas.
“Com dois ou três dias de sol, esse problema estará resolvido”, explica o agrônomo Arnaldo Martins de Andrade, da Carol (Cooperativa dos Agricultores da Região de Orlândia). Segundo ele, até agora não foi detectada ocorrência séria de doenças e pragas que poderiam influir negativamente na produtividade. Em geral, os produtores estão esperando uma das melhores colheitas dos últimos anos.


Bom para café e cana
O agrônomo Arnaldo observa que o café, cultura perene, também está sendo favorecido pela chuva face ao crescimento dos frutos da safra deste ano e a formação dos ramos para a produção a ser colhida em 2008. Para este ano, independentemente da chuva, já se espera produção menor de café em função do fenômeno da bianualidade, pois em 2005 a carga de grãos foi elevada.
O desenvolvimento das plantas de cana-de-açúcar igualmente se beneficia agora, quando se define o seu perfilhamento, explica o agrônomo Fernando Zorzenon. Problema tem sido entrar nos canaviais para cortar o mato cujo crescimento ocorre mais com as chuvas. Mas é um transtorno passageiro, isso também se sentindo em relação à conservação de estradas rurais afetadas por enxurradas.



Carlos Alberto Nonino
Especial para A CIDADE

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