Pacote contra crise faz bolsas europeias dispararem

10 de maio de 2010 | Sem comentários Cotações Mercado

10/05/2010 – 15h23
Pacote contra crise faz bolsas europeias dispararem


SÃO PAULO – As bolsas europeias dispararam nesta segunda-feira com os investidores surpresos com o pacote de 750 bilhões de euros montado pelos ministros de Finanças da região durante o fim de semana.


Em Londres, o FTSE 100 ganhou 5,16%, para 5.387 pontos; em Paris, o CAC-40 fechou em alta de 9,66%, aos 3.720 pontos; e em Frankfurt, o DAX terminou aos 6.018 pontos, com avanço de 5,30%. Os ministros das Finanças da União Europeia anunciaram na madrugada de hoje um mecanismo de assistência financeira para garantir a estabilidade do euro. Com a participação do Fundo Monetário Internacional (FMI), o acordo envolve 750 bilhões de euros.


Os recursos também atenderão às necessidades dos países europeus com problemas de solvência. As economias da zona do euro vão ter acesso a 440 bilhões de euros em garantias de empréstimos mais 60 bilhões de euros de financiamento emergencial da Comissão Europeia. O FMI entrará com 250 bilhões de euros.


A notícia teve efeito extremamente positivo sobre as bolsas de países em situação financeira complicada como Portugal e Espanha, e também sobre os papéis do setor bancário. Em Lisboa, o PSI 20 aumentou 10,73%, para 7.335 pontos, e em Madri, o Ibex 35 disparou 14,44%, aos 10.352 pontos.


Entre os bancos, BNP Paribas saltou 20,9%, Santander aumentou 23,2% e Allied Irish Banks ganhou 23,8%. O setor havia sido bastante penalizado na semana passada com o detalhamento da exposição de algumas instituições à dívida grega, bem como pelo temor de que a crise poderia se espalhar para outros países da região. Com o pacote anunciado hoje, o temor de contágio foi afastado.


A reação dos mercados impulsionou as commodities e, por tabela, as ações de empresas ligadas ao segmento. Rio Tinto ganhou 7,7%, BHP Billiton subiu 6,4% e Repsol registrou avanço de 11,9%.


O Banco Central Europeu (BCE) também anunciou hoje que vai comprar bônus privados e soberanos para ajudar a afastar a crise da dívida do continente. A medida acalmou os mercados, mas trouxe o questionamento sobre se o banco comprometeu sua independência e se rendeu à pressão de políticos para ajudá-los em suas falhas.


Por fim, os investidores receberam a notícia de que o Banco da Inglaterra decidiu manter em 0,5% a taxa de juro, depois da eleição geral ocorrida na semana passada. A autoridade monetária também conservou o programa de compra de ativos em 200 bilhões de libras.


(Téo Takar | Valor com agências internacionais)

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