Em geral, afirma-se que a introdução da cultura cafeeira no Brasil aconteceu em 1727, quando algumas mudas foram trazidas da Guiana Francesa e plantadas em Belém do Pará. Porém, há controvérsias de que em 1731, saiu a primeira exportação de café, do Maranhão para Lisboa, em Portugal. Na verdade, os especialistas deduzem a existência do café no Brasil anteriormente, ou vindo de outros continentes.
Em 1773 ou 1760 e 1762 (não há informações precisas em relação às datas), o Desembargador João Alberto Castelo Branco plantou no Rio de Janeiro, algumas sementes de café, que foram plantadas em diversos lugares, mas apenas algumas fixaram-se, entre elas: uma no quintal da casa onde o Desembargador morava, à ladeira do morro de Santo Antônio, próximo, hoje, à Imprensa Nacional; outra foi nos terrenos do mosteiro de Santa Teresa e duas na horta do convento dos capuchinhos italianos. Dessa plantação, o café expandiu-se pelos contrafortes da Serra do Mar, atingindo em 1825 o Vale da Paraíba, tendo alcançado os Estados de São Paulo e Minas Gerais.
O café estendeu-se derrubando a mata, abrindo estradas, fixando povoações e criando riquezas, explorando o solo virgem e rico em nutrientes. O ouro e da cana saíram de cena e cederam o palco para o “ouro verde” – Apelido dado ao café pelos fazendeiros.
Com a expansão do café, o país obteve algumas conseqüências importantes:
No final do século XIX, o café respondia por 70% do valor das exportações brasileiras, enquanto a Colômbia correspondia 2% da produção mundial. Atualmente, o Brasil produz em média 32 milhões de sacas, sendo 35 milhões nos anos de alta e 27 nos anos de baixa. Considerando que a nossa participação na produção mundial é de aproxidamente 30%.
INTRODUÇÃO E EXPANÇÃO DO CAFÉ NO BRASIL
O café foi introduzido na Guiana francesa através do Governador da Caiena que conseguiu, de um francês chamado Morgues, um punhado de sementes de café, colhidas do cafeeiros que os holandeses haviam plantados em Suriname, e as semeou no pomar de sua residência.
Em 1727, o Governador do Maranhão e Grão Pará, João de Maia da Gama, outorgou ao Sargento-Mor, Francisco de Mello Palheta, uma missão oficial, com o propósito de solucionar os problemas de delimitação de fronteiras, na região de “Montage d’Argent”, na Guiana Francesa. Palheta foi também com uma missão secreta – conseguir algumas sementes do fruto, que segundo informações transmitidas ao Governador Maia, possuía grande valor comercial. Não faltou à estória, lances românticos, pois conta-se que a esposa do Governador de Caiena apaixonou-se pelo galante brasileiro e o presenteou com algumas sementes e cinco mudas de café.
No Brasil, essas sementes e mudas foram plantadas em Belém do Pará e no ano seguinte o café foi introduzido no Maranhão e daí erradiou, em pequenas plantações, aos Estados vizinhos, tendo atingido a Bahia em 1973, o Desembargador João Alberto Castelo Branco trouxe, do Maranhão, para o Rio de Janeiro, algumas sementes de café, que foram plantadas no Convento dos Barbadinhos. O Marquês do Lavradio (vice-rei) e o Bispo do Rio de Janeiro, D. Joaquim, Fomentaram a ampliação da cultura, havendo este último, inclusive, cultivado um viveiro na Fazenda Capão.
Do Rio de Janeiro, o café expandiu-se pelos contrafortes da Serra do Mar, atingindo em 1825 o Vale da Paraíba, tendo alcançado daí os Estados de São Paulo e Minas Gerais. O café estendeu-se, derrubando a mata, abrindo estradas, fixando povoações e criando riquezas, com a exploração do solo virgem, rico em nutrientes, e da mão-de-obra escrava a baixo custo.
Iniciava-se o ciclo do café, após o do ouro e da cana de açúcar, com o café implantando-se solidamente.
No centro-sul, em condições ecológicas altamente favoráveis, o café atingiu o Oeste Paulista em 1840, o Noroeste de São Paulo em 1920; a Alta Sorocabana, a Alta Paulista e o Paraná, entre 1928/1930. O norte do Estado do Rio de Janeiro e o Espírito Santo já cultivam o café desde 1920.
Fonte: COOABRIEL – Relatório de atividades de 1997