por PAULA BRITO 26 Novembro 2010
O aparecimento no mercado do café doméstico em cápsulas de um novo \’player\’, pelo Pingo Doce, veio abanar o sector
A moda do café em cápsulas está a democratizar-se. Se até agora o preço podia ser um factor para muitas famílias irem adiando a compra da máquina de café da moda, com o lançamento pelo Pingo Doce de uma nova máquina de café em cápsulas este desejo fica mais fácil de concretizar. Tudo porque a máquina de café dos supermercados do grupo Jerónimo Martins se apresenta com um preço imbatível de 49,90 euros e as cápsulas, desde 20 cêntimos cada, contra marcas como a Delta Q ou a Nespresso, que praticam preços que vão desde os 99 euros (versão Qosmo base) até aos 349,99 euros (versão topo da Nespresso Lattissima). A estes valores há que somar os das cápsulas, que variam entre os 3,40 euros e os 7 euros.
Tendo identificado \”um mercado em crescimento por se tratar de um produto que vai ao encontro das exigências do consumidor, que procura cada vez mais soluções convenientes, confortáveis e baratas\”, o Pingo Doce, que trabalha neste projecto há dois anos, explica ao DN que a \”estratégia da marca própria do Pingo Doce passa por permitir aos clientes o acesso a produtos que pelo seu preço e posicionamento não estão ao alcance de muitos consumidores\”.
Mas desengane-se quem pensa que preço baixo não dá direito a aroma, sabor, textura… Na verdade, a máquina de café expresso Pingo Doce (concebida juntamente com um fornecedor nacional com know-how no mercado de pequenos electrodomésticos, a Flama) é dotada de um sistema de aquecimento termobloco e dispensador ajustável a chávenas pequenas e grandes. Com um reservatório de 1,2 litros de água, esta máquina tira cafés curtos, médios e longos.
Mas para tal são necessárias as cápsulas Pingo Doce, fruto de uma parceria com um fornecedor italiano especialista na tecnologia do sistema de cápsulas de café+cápsulas e das várias patentes necessárias para este tipo de produto: a Caffitaly, que existem em quatro variedades: corposo, aromático, descafeinado e aveludado.
Argumentos de força que vêm competir muito seriamente com outras marcas com reconhecidos créditos, nomeadamente a Nespresso, que adiantou ao DN que, apesar de os consumidores serem confrontados com um número de produtos cada vez maior como resultado da entrada de novos concorrentes no mercado, a \”Nespresso distingue-se como pioneira e referência no segmento de café premium em cápsulas, com um conceito único e incomparável aos restantes sistemas no mercado\”.
Já a Delta não conseguiu em tempo últil dizer ao DN como vê a entrada de um novo operador neste segmento, referindo apenas que acaba de lançar uma máquina Qosmo personalizada (Úniqa), ilustrada por 47 jovens talentos nacionais da ilustração e do design. A luta promete continuar…
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