Mudanças climáticas devem afetar produção de café brasileiro

20 de fevereiro de 2009 | Sem comentários Mercado Previsão do Tempo

Mudanças climáticas devem afetar produção de café brasileiro
(19/02/2009 16:17)
O futuro do setor agrícola brasileiro pode estar ameaçado, devido ao aumento de temperatura que empurra as plantações para além de suas fronteiras normais.


Os cientistas e agrônomos brasileiros se apressam para deter os efeitos das mudanças climáticas no maior produtor de café do mundo e grande produtor de alimentos em geral.


Os especialistas em agricultura tropical estão desenvolvendo cafés geneticamente modificados que resistam a maiores temperaturas, novas pestes e doenças e alagamentos em áreas baixas.


“Dentro da situação atual, a produção de alimentos está ameaçada”, disse Eduardo Assad, um pesquisador da Embrapa.


Desde já, a crise mundial tem afetado as commodities agrícolas do Brasil, com os preços dos grãos em queda devido ao medo de queda na demanda. Mas a mudança climática permanece como a grande preocupação do país a longo prazo: a ONU prevê um aumento de 2 a 4 graus Celsius nos próximos 20 anos, e ainda maiores temperaturas na região amazônica.


Isso pode representar uma diminuição de 10% na área cultivável de café até 2020- e diminuição de 33% até 2070- na medida em que o clima apropriado para o cultivo do café está se desenvolvendo na Argentina, devido às maiores temperaturas, disse Assad.


A área plantada de café brasileiro se estende por 2,3 milhões de hectares e sua produção é o dobro do segundo maior produtor mundial, o Vietnã.


As sementes geneticamente modificadas preocupam alguns cientistas que contestam com base na segurança alimentar. Entretanto, a comissão de biossegurança do Brasil já aprovou outras variedades de grãos geneticamente modificados após testes. O procedimento para essas novas sementes serão os mesmos.


As menores mudanças climáticas podem reduzir em muito a produção agrícola nos trópicos. O Brasil deve estar melhor preparado devido a décadas de pesquisa na área de agricultura, que já transformaram muitas áreas impróprias para a agricultura em áreas cultiváveis. “Devemos começar as pesquisas para combater os efeitos do aquecimento mundial desde já”, disse Francisco Aragão.


 

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