Mineira Fortaleza agora investe no filão dos cafés especiais
Jornal: DCI
Data Publicação: 12/09/07
A Fortaleza Cafés Indústria, Comércio e Exportação Ltda. -empresa mineira que atua no mercado de exportação de café in natura e venda do produto industrializado-, investirá R$ 30 mil no lançamento do Café Frossard, voltado para o segmento de grãos especiais. Os recursos serão destinados à criação da marca e ao desenvolvimento da embalagem. Com o novo produto, a empresa espera ter um incremento de 200% no faturamento, chegando a R$ 2 milhões por ano.
Inicialmente, o produto será distribuído em estabelecimentos diferenciados da capital mineira, como delicatéssens e padarias, podendo, no futuro, chegar ao interior e a outros estados. “Atualmente, a receita chega a R$ 1 milhão por ano. A queda do dólar influenciou negativamente as exportações. O faturamento poderia ser 50% maior, pois já chegamos a registrar movimentação de US$ 1,5 milhão por ano. Agora, vamos tentar compensar isso com um produto com maior valor agregado”, diz Alexandre Frossard, sócio-proprietário da empresa.
Até o ano passado, a empresa investia no chamado mercado de marca própria. No primeiro semestre, a Fortaleza apresentou incremento de 100% nas vendas e alta de 120% no faturamento, na comparação com o mesmo período do último ano. Hoje, a produção da Fazenda Fortaleza, localizada em São Tomás de Aquino (sul de Minas), gira entre 6 mil e 7 mil sacas de café. Cerca de 300 toneladas por ano. “Entre 30% e 50% da nossa produção é destinada à exportação, de acordo com a qualidade da safra. O objetivo é destinar cerca de 100 toneladas para a industrialização, algo entre 6 toneladas e 8 toneladas por mês. Para as marcas privadas é destinada cerca de uma tonelada mensalmente”, revela.
Minas Gerais tem o maior parque cafeeiro do País, e o sul do estado é a região onde se concentra a maioria dos produtores: cerca de 90 mil cafeicultores que ocupam uma área de 1,3 milhões de hectares no estado.
O mercado de cafés especiais está em franca expansão em todo o mundo, com um crescimento médio de 10% ao ano, contra 2% dos cafés comuns. Os cafés especiais saem do Brasil com determinação de origem, nome da fazenda e do produtor e variedade de árvore cófea arábica definida. Os certificados são a garantia do produto de qualidade.
“Como o Brasil é o maior produtor de café no mundo, o marketing de venda sempre foi muito agressivo, porém não se destacava a qualidade do café, apenas a quantidade produzida. Mas essa realidade mudou”, completa o empresário.