Mercado de tratores em marcha-ré
Semestre vende 2.300 máquinas agrícolas a menos que no mesmo período do ano passado
As vendas de máquinas agrícolas (tratores, colheitadeiras e cultivadores) no primeiro semestre deste ano somaram 23 mil unidades, 2.300 a menos do que no mesmo período do ano passado.
A queda de 10% só não foi maior devido aos programas oficiais de venda de tratores (Mais Alimentos do governo federal; Pró-Trator em São Paulo e Trator Solidário no Paraná), que permitem a aquisição de máquinas de menor porte a juros mais baixos e prazos longos para pagamento.
Indústria demite 3 mil
“Nos últimos 12 meses, o Mais Alimentos entregou 12 mil tratores, o Trator Solidário mais 4 mil e o programa paulista cerca de mil máquinas”, diz Milton Rego, vice-presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e diretor da Case New Holland (CNH). Segundo ele, os tratores contemplados por estes programas têm preço médio de R$ 60 mil e exigem pouca mão-de-obra na sua produção. Prova disso é que a indústria de máquinas agrícolas de novembro para cá já demitiu cerca de 3 mil trabalhadores.