Manifestação contra importação de café fecha a rodovia BR-101 na Bahia e no Espírito Santo
Suspensão de reunião da Camex seria para desestabilizar manifestação, dizem produtores
Manifestações dos cafeicultores estão acontecendo em diversos pontos ao longo da BR-101 na Bahia e no Espírito Santo, contra a importação de café conilon, que geraria uma iminente crise no setor, com quebradeira geral e desemprego em massa.
Em Itamaraju, produtores de Itabela, Itamaraju, Eunápolis, Prado e outros municípios realizam uma grande movimentação, o mesmo ocorrendo em diversas outras cidades e localidades no vizinho Estado do Espírito Santo.
Reunião da Camex marcada para a tarde desta quarta-feira (22) em Brasília, presidida pelo presidente Temer, foi suspensa, o que está sendo interpretado pelo presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Itabela e pela classe produtora como uma tentativa de desestabilizar o movimento.
O cancelamento da reunião não resolveria o problema, pois a qualquer momento poderia voltar a se reunir e adotar a estapafúrdia decisão defendida pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, de importar um milhão de sacas de café do Vietnam, para atender aos interesses exclusivos da indústria, em detrimento da cafeicultura brasileira.
“O governo só pensa na sua imagem perante aos outros países. Sempre querendo ajudar os outros e abandonando a população que mais necessita”, desabafa um produtor.
O repórter do CliC 101, Welisvelton Cabral, está em Itamaraju acompanhando e registrando a movimentação, que tem a presença da assessora regional da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb), Eliane Menezes; presidente do Sindicato Rural de Itabela – Ricardo Covre; prefeito de Itamaraju – Marcelo Angênica; de Itabela, o vice-prefeito Gedalvo Matos e o secretário de Agricultura Jinivaldo Miranda; e grande número de produtores do município.
Manifestação encerrada
Diante das informações de que a importação seria definitivamente descartada, os produtores rurais decidiram encerrar a manifestação por volta das 09h30, mas continuando mobilizados para a eventualidade do governo federal não cumprir com o comprimisso assumido.
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