Governo quer retirar 10 mi de sacas de café do mercado até 2010

4 de setembro de 2009 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

Qui, 03 Set, 07h46


Por Roberto Samora


SÃO PAULO (Reuters) – O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, afirmou nesta quinta-feira que o governo vai retirar 10 milhões de sacas de café do mercado brasileiro até o próximo ano, de acordo com nota oficial divulgada no início da noite.


O objetivo seria melhorar os preços, considerados baixos pelo setor produtivo.


“Para isso, o governo irá fazer aquisição do produto para formação de estoques e autorizar o pagamento de dívidas do setor com café”, afirmou o comunicado do ministério.


As medidas ainda precisam ser aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que precisa liberar os recursos para as compras governamentais.


Na semana passada, o presidente da Frente Parlamentar do Café, deputado Carlos Melles (DEM-MG), falou à Reuters sobre o plano, que consideraria os leilões de opções para 3 milhões de sacas já realizados, cujos vencimentos dos primeiros contratos está previsto para novembro. Veja a entrevista completa clicando em


Ou seja, o governo faria operações para retirar do mercado outras 7 milhões de sacas, sendo 2 milhões ainda este ano e 5 milhões em 2010.


“O objetivo principal dessas medidas é garantir um preço para o café que melhore a renda do produtor”, disse Stephanes, referindo-se ao fortalecimento do plano de recomposição de estoques públicos, política que havia sido abandonada nos últimos anos.


O volume de 10 milhões de sacas de 60 kg citado pelo ministro corresponde a cerca de 25 por cento da safra 2009/10, cuja colheita está caminhando para o final.


As medidas anunciadas resultam de estudos realizados ao longo de três meses pelos ministérios da Agricultura, Fazenda e Planejamento e serão executadas com recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé).


OUTRAS MEDIDAS


No comunicado, o ministro também anunciou outras medidas para apoiar a cafeicultura, como a criação de uma linha de financiamento no valor de 100 milhões de reais que permitiria às cooperativas de crédito renegociar dívidas de produtores.


“Além disso, haverá a reativação de uma linha de crédito de 100 milhões de reais para o refinanciamento de dívidas atreladas à Cédula do Produto Rural (CPR) e o reescalonamento das operações de custeio e colheita que vencerão entre setembro de 2009 e março de 2010”, afirmou o comunicado.

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