Fispal Food Service 2009 recebe mais de 62.300 visitantes

Cada vez mais focado no planejamento dos negócios, mudança no perfil do empresário brasileiro é visto com simpatia pelos expositores da feira, que aproveitaram o evento para fazer novos contatos e fechar negócios.

De 15 a 18 de junho, o mercado de alimentação fora do lar reuniu-se na feira mais importante do setor na América Latina, a Fispal Food Service. Realizada no Expo Center Norte, em São Paulo, além de novidades e tendências para toda a cadeia desta indústria, a feira também promoveu concursos e seminários. Ao todo, foram 62.300 visitantes do Brasil e do exterior, principalmente de países da América Latina. As projeções de negócios devem alcançar os R$ 3 bilhões nos próximos seis meses.

Com 1.500 expositores, a feira superou as expectativas. “Nos três primeiros dias vendemos cerca de R$ 3 milhões. Tivemos um aumento de 25% no número de contatos e prospects que passaram por nosso estande. O balanço geral foi ótimo”, comenta Vinicius Brandão, vice-presidente da Refrimate, empresa do setor de refrigeração. O executivo considera que houve uma mudança no perfil do comprador, que está se adaptando às transformações do mercado mundial e cada vez mais cauteloso na hora de efetuar negócios.

A opinião é compartilhada pelo gerente de produção da Italian Coffee, Marco Carnaeiro. “O empresário brasileiro está cada vez mais preocupado em se planejar. Por isso, acredito que o objetivo de participar desta feira é valorizar o cartão de visita. Desse ponto de vista, a Fispal Food Service é como uma vitrine”, afirma.

Gigantes da indústria de alimentos também marcaram presença no evento. A Bertin patrocinou a III Copa Brasileira de Pizzarias, um dos eventos promovidos na feira, e apresentou o portfólio de produtos em seu estande. “A nossa participação está sendo essencial para posicionar a nova cara da empresa Bertin. A feira é muito importante, pois realmente representa bem este setor, que cresce todos os anos. É uma mostra de profissionalização”, diz Marcos Scaldelai, diretor de marketing corporativo da companhia.

A Unilever Foodsolutions também aproveitou a ocasião para estreitar seus contatos.“Nossa participação é sempre positiva porque a feira é uma maneira de manter contato com nossos clientes. Além disso, recebemos a visitação de muitos prospects, tanto de operadoras como de intermediários do food service”, conta Ricardo Mota, gerente de vendas. A empresa também apoiou a Copa Brasileira de Pizzarias.

Mercado – O orçamento que os brasileiros destinam às refeições fora do lar é cada vez maior. Hoje, este número já chega a 25% do que é gasto com alimentação. Até 2012, a expectativa é de que chegue a 30%, segundo o consultor em food service, Enzo Donna. “O almoço é o foco do mercado de alimentação fora do lar, mas em alguns anos, o café da manhã e o lanche da tarde também entrarão com força nesse setor”, explica.

As recentes dificuldades de crédito no mercado financeiro também foi tema na coletiva de imprensa da feira. De acordo com o diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de café (Abic), Nathan Herszkowicz, não houve redução do consumo de café no Brasil. “Ao contrário, nos últimos 12 meses, houve crescimento de cerca de 3,5%”.

Durante a Fispal Food Service, a Nestlé lançou a linha Nestlé Professional. A novidade é direcionada exclusivamente ao mercado de alimentação fora do lar e, na feira, o foco foram os alimentos típicos de festas de São João. A empresa patrocinou a Padaria Portuguesa, que produziu mais de 21 mil unidades de doces e pães nos quatro dias de feira. Segundo o gerente de comunicação em food service, José Oswaldo Barbosa, a empresa também aproveitou a oportunidade para oferecer produtos para as classes C e D. “O consumidor pode ter acesso a produtos de qualidade a um preço mais acessível”, comenta.

Outra empresa preocupada com o custo para o consumidor final é a Tangará Foods, que levou para a feira soluções de leite em pó. “O Purelac é uma mistura que substitui o leite líquido ou em pó, seja ele integral ou desnatado, com a vantagem de ser mais barato e em embalagens menores”, afirma Arlindo Jr., gerente de produto. Segundo Arlindo, a intenção é oferecer um produto com mais qualidade e redução de custo de até 50%.