Fiscais decidem amanhã se aceitam proposta do governo e param a greve

Por: DCI

Os auditores fiscais decidem amanhã, em nova assembléia, se continuam ou não a greve iniciada no dia 18 de março. A Diretoria Executiva Nacional do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco) irá submeter à categoria a “proposta final” apresentada pelo governo ontem à noite. O governo manteve o cronograma de reajustes em julho de 2008, julho de 2009 e julho de 2010. Pelo acordo negociado no ano passado, a última parcela seria em abril de 2009.


O Unafisco classificou de “pífio” o cronograma de implantação do reajuste de salários, já que retarda em 8 meses a primeira parcela e, em 15 meses, a última parcela do reajuste em relação ao cronograma discutido no ano passado. Em termos salariais, o Ministério do Planejamento se aproximou dos valores reivindicados pela categoria. Se aceitarem a proposta, em julho de 2010, o piso salarial para auditor fiscal será de R$ 14,4 mil e o teto, de R$ 19 mil. Atualmente um auditor em início de carreira ganha R$ 10 mil e, em final de carreira, R$ 13,4 mil.


Para o presidente do Unafisco, Pedro Delarue, o discurso do governo de que o rebaixamento da proposta é reflexo do fim da CPMF não convence porque a arrecadação de tributos tem batido recordes. “O grande problema dessa negociação são as idas e vindas. Fica difícil agradar todo mundo porque há uma quebra de expectativas”, afirmou.


A ameaça de corte de salários a partir deste mês fez com que os auditores fiscais que trabalham na Alfândega do Porto de Santos e no Aeroporto de Viracopos (Campinas) decidissem deixar a greve, mas passarão a trabalhar em sistema de operação padrão. A greve dos auditores já trouxe prejuízos à diversas regiões. Além de aeroportos e portos abarrotados, a Suframa estima as perdas em R$ 1 bilhão.
 

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