02/02/10
Cooxupé não endossa a troca da dívida do café por CPR, como sugeriu a CNC. A dúvida está na oferta constante por 20 anos, que poderá deixar o mercado brasileiro vendido.
e o que afirma em entrevista ao Programa Mercado e Companhia, do Canal Rural, o Superintendente Comercial – Cooxupé Lúcio Dias
Veja a entrevista
20 anos para pagamento de dívida do café, como propõe a CNC, é muito e pode deixar mercado brasileiro vendido
O não comparecimento da Cooxupé na reunião das cooperativas do café junto ao Conselho Nacional do Café (CNC), é justificado pelo não endossamento sobre a proposta de troca da dívida de R$ 6 bilhões dos cafeicultores por cédulas de produto rural (CPR), como sugeriu a CNC. A dúvida da Cooxupé é sobre a oferta constante a ser paga nos próximos 20 anos que poderá deixar o mercado brasileiro vendido.
“Qual vai ser a fonte de recurso e de onde vem o dinheiro para a operação, é isso que a gente não pega porque se você tem um crédito numa cooperativa de crédito ou num banco comercial normal, ele não vai estar disposto a refinanciar isso por um período tão grande, só se o Governo decidir injetar dinheiro para poder fazer esse refinanciamento”, explica o superintendente da Cooxupé, Lúcio Dias.
Segundo Dias, é um compromisso que o produtor vai assumir de sempre ser produtor desse café, produzindo a qualquer custo para pagar sua dívida de tempo tão longo.
Sobre a valorização do produto brasileiro, o superintendente afirma que só será possível ser estipulado se o cafeicultor brasileiro qualificar mais sua produção e diferenciar a variedade desse produto. Uma vez que os colombianos recebem pelo seu café lavado a mesma quantia o brasileiro por seu café cereja descascado, cerca de R$ 310 a saca. “Falta café fino no mundo”, diz Lúcio. As informações são da Redação Notícias Agricolas.