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As perdas provocadas por este parasita podem variar desde a redução da produtividade das lavouras, chegando até mesmo a matar as plantas.
Autor(a): Daniela Garcia Collares
A Embrapa Rondônia, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, está realizando levantamento com objetivo de conhecer a ocorrência e disseminação do nematóide das galhas do cafeeiro na cafeicultura rondoniense, a fim de determinar as principais espécies e raças encontradas nas áreas produtoras do Estado, bem como os locais de maior predominância, por meio de análises em laboratório.
O nematóide das galhas é uma espécie de parasita de plantas, cuja infestação se dá por meio de solos infestados, sendo um dos grupos de fitopatógenos de maior importância econômica na agricultura. As perdas provocadas por este parasita podem variar desde a redução da produtividade das lavouras, chegando até mesmo a matar as plantas. Esta situação reforça a necessidade da ampliação de conhecimentos sobre manejo integrado das nematoses em todas as regiões cafeeiras nacionais.
De acordo com José Roberto Vieira, fitopatologista e pesquisador da Embrapa Rondônia, responsável pelo trabalho que vem sendo realizado, a identificação das espécies de maior ocorrência no Estado será determinante para o desenvolvimento de novas variedades de café resistentes ao nematóide. “Esta pesquisa contribuirá muito para um melhor manejo e controle do nematóide das galhas em Rondônia, atendendo à demanda fitossanitária sempre crescente, no sentido de se manter a ocorrência deste fitopatógeno sob níveis de controle econômico, evitando os riscos de seu alastramento nos cafezais do Estado”, enfatiza Cléberson Fernandes, pesquisador que também participa do trabalho.
Para realizar o estudo, estão sendo coletados solos e raízes nas áreas de produção de café dos principais municípios produtores do estado: Alta Floresta, Alto Paraíso, Cacoal, Jaru, Machadinho do Oeste, Ministro Mário Andreaza, Nova Brasilândia, Novo Horizonte, Ouro Preto do Oeste, Presidente Médici, Rolim de Moura e São Miguel do Guaporé. Em cada município, serão escolhidas 10 áreas de produtores, representativas da área de produção do município, das quais serão coletadas as amostras para análise em laboratório da Embrapa Rondônia.
A safra brasileira 2006/2007 de café foi de 42,5 milhões de sacas, das quais 71% são do grupo Arábica, conforme levantamento realizado pela Conab. A cadeia produtiva nacional de café movimenta, anualmente, cerca de 3,4 bilhões de dólares, sendo os setores industrial, de exportação e de café solúvel responsáveis por 1,5, 1,8 e 2,1 bilhões de dólares, respectivamente. Dos Estados brasileiros produtores de café, Minas Gerais lidera a produção, contribuindo com aproximadamente 50% da produção nacional.
Em relação a Rondônia, onde predomina o cultivo da variedade Conilon, do grupo Robusta, dados da Conab indicam que o Estado ocupa a sexta posição entre os Estados produtores, com 1,26 milhões de sacas de café beneficiado, com uma produtividade média de 7,77 sacas/ha, que corresponde a 3% da produção total de café do Brasil. Além disso, dentre os Estados da Região Norte, Rondônia é o principal produtor de café, sendo que essa cultura, associada à produção leiteira e de soja são as principais fontes de renda agrícola do Estado, conforme dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Produção e do Desenvolvimento Econômico e Social – Seapes.
Além dos aspectos econômicos, há a questão social embutida na cultura do cafeeiro, que é amplamente familiar e meeira, apresentando importância social elevada, por ser responsável por cerca de 9 milhões de empregos diretos e indiretos no país. Em Rondônia, a produção de café sofreu uma redução de 28,7% em relação à safra anterior, com redução de produtividade de 27,2%, conforme dados da Conab.
Diversos fatores podem estar envolvidos na redução da produtividade e conseqüente redução da área plantada de café no Estado. Dentre os fatores que podem levar à redução da produtividade, os aspectos relacionados à ocorrência de pragas e doenças durante o ciclo da cultura são certamente as mais importantes. Conforme ressaltado por Vieira, dentre as doenças que podem ocorrer, aquela causada por nematóides tem tido destaque, pois ocasionam redução significativa na produção e, em alguns casos, até o abandono da atividade cafeeira.
Fonte: Ascom/Embrapa Rondônia
24/04/2007 15:26:08
24/4/2007 12:41:10
A Embrapa Rondônia está realizando levantamento com objetivo de conhecer a ocorrência e disseminação do nematóide das galhas do cafeeiro na cafeicultura rondoniense, a fim de determinar as principais espécies e raças encontradas nas áreas produtoras do Estado, bem como os locais de maior predominância, por meio de análises em laboratório.
O nematóide das galhas é uma espécie de parasita de plantas, cuja infestação se dá por meio de solos infestados, sendo um dos grupos de fitopatógenos de maior importância econômica na agricultura. As perdas provocadas por este parasita podem variar desde a redução da produtividade das lavouras, chegando até mesmo a matar as plantas. Esta situação reforça a necessidade da ampliação de conhecimentos sobre manejo integrado das nematoses em todas as regiões cafeeiras nacionais.
De acordo com José Roberto Vieira, fitopatologista e pesquisador da Embrapa Rondônia, responsável pelo trabalho que vem sendo realizado, a identificação das espécies de maior ocorrência no Estado será determinante para o desenvolvimento de novas variedades de café resistentes ao nematóide. “Esta pesquisa contribuirá muito para um melhor manejo e controle do nematóide das galhas em Rondônia, atendendo à demanda fitossanitária sempre crescente, no sentido de se manter a ocorrência deste fitopatógeno sob níveis de controle econômico, evitando os riscos de seu alastramento nos cafezais do Estado”, enfatiza Cléberson Fernandes, pesquisador que também participa do trabalho.
Para realizar o estudo, estão sendo coletados solos e raízes nas áreas de produção de café dos principais municípios produtores do estado: Alta Floresta, Alto Paraíso, Cacoal, Jaru, Machadinho do Oeste, Ministro Mário Andreaza, Nova Brasilândia, Novo Horizonte, Ouro Preto do Oeste, Presidente Médici, Rolim de Moura e São Miguel do Guaporé. Em cada município, serão escolhidas 10 áreas de produtores, representativas da área de produção do município, das quais serão coletadas as amostras para análise em laboratório da Embrapa Rondônia.
A safra brasileira 2006/2007 de café foi de 42,5 milhões de sacas, das quais 71% são do grupo Arábica, conforme levantamento realizado pela Conab. A cadeia produtiva nacional de café movimenta, anualmente, cerca de 3,4 bilhões de dólares, sendo os setores industrial, de exportação e de café solúvel responsáveis por 1,5, 1,8 e 2,1 bilhões de dólares, respectivamente. Dos Estados brasileiros produtores de café, Minas Gerais lidera a produção, contribuindo com aproximadamente 50% da produção nacional.
Em relação a Rondônia, onde predomina o cultivo da variedade Conilon, do grupo Robusta, dados da Conab indicam que o Estado ocupa a sexta posição entre os Estados produtores, com 1,26 milhões de sacas de café beneficiado, com uma produtividade média de 7,77 sacas/ha, que corresponde a 3% da produção total de café do Brasil. Além disso, dentre os Estados da Região Norte, Rondônia é o principal produtor de café, sendo que essa cultura, associada à produção leiteira e de soja são as principais fontes de renda agrícola do Estado, conforme dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Produção e do Desenvolvimento Econômico e Social – Seapes.
Além dos aspectos econômicos, há a questão social embutida na cultura do cafeeiro, que é amplamente familiar e meeira, apresentando importância social elevada, por ser responsável por cerca de 9 milhões de empregos diretos e indiretos no país. Em Rondônia, a produção de café sofreu uma redução de 28,7% em relação à safra anterior, com redução de produtividade de 27,2%, conforme dados da Conab.
Diversos fatores podem estar envolvidos na redução da produtividade e conseqüente redução da área plantada de café no Estado. Dentre os fatores que podem levar à redução da produtividade, os aspectos relacionados à ocorrência de pragas e doenças durante o ciclo da cultura são certamente as mais importantes. Conforme ressaltado por Vieira, dentre as doenças que podem ocorrer, aquela causada por nematóides tem tido destaque, pois ocasionam redução significativa na produção e, em alguns casos, até o abandono da atividade cafeeira.
Informações: Embrapa Rondônia – www.cpafro.embrapa.br