Dólar enfraquecido favorece comercialização de café
O cenário de comercialização de café está mudando. Segundo o analista Gil Barabach, da Safras & Mercado, alguns fatores levam a preços melhores para o produtor: a fraqueza do dólar no mercado internacional; uma safra brasileira menor e de qualidade inferior; e a intensificação de ações de ajuda do governo federal ao setor.
De acordo com Barabach, 72% da safra brasileira de café já está colhida. A qualidade da safra foi bem afetada devido às chuvas de maio, junho e julho, prejudicando os grãos e comprometendo a qualidade da bebida, tornando-a mais ácida.
Mercado
Os contratos de café com entrega em dezembro negociados na bolsa de Nova York fecharam ontem a US$ 140,05 cents/lb, com alta de 105 pontos. A queda do dólar estimulou a entrada de fundos e especuladores no mercado, segundo informou a Dow Jones. O dólar mais fraco impulsiona a compra de commodities agrícolas americanas.
A moeda americana tentou, mas não conseguiu marcar novo pregão de alta contra o real. Os vendedores voltaram a atuar no final da tarde de ontem, levando o dólar a fechar a jornada em baixa. Dados preliminares apontam que o dólar comercial encerrou negociado a R$ 1,841 na compra e R$ 1,843 na venda, baixa de 0,37%. Na segunda-feira, a divisa havia subido 1,53%, e foi a R$ 1,85.
No mercado doméstico, a saca de 60 quilos fechou a R$ 260,55, alta diária de 0,2%, segundo o Cepea/Esalq. No mês, a commodity já acumula alta de 3,66%