Dólar cai para R$ 1,761, menor valor desde 8/9/2008

Por: Agência Estado

Dólar cai para R$ 1,761, menor valor desde 8/9/2008


TAÍS FUOCO


Dados positivos do setor de serviços nos Estados Unidos, aliados à decisão do G-7 de não se pronunciar oficialmente sobre a fraqueza do dólar, serviram de impulso para o apetite ao risco e o movimento de venda de dólares nesta segunda-feira. Com isso, a moeda americana caiu frente às principais divisas, assim como ante o real. No mercado interbancário de câmbio, o dólar comercial fechou a segunda-feira em baixa de 0,96% a R$ 1,761. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista cedeu 1% e encerrou a sessão cotado a R$ 1,7604. É a taxa de câmbio mais baixa desde 8 de setembro do ano passado, quando o dólar comercial fechou a R$ 1,736.


O colunista Bradley Davis, da agência Dow Jones, afirmou hoje que o mercado aguarda o início da safra de balanços corporativos, que será aberta na quarta-feira com os resultados da norte-americana de alumínio Alcoa. “Se as empresas informarem lucros fortes, o euro e outras moedas de maior rentabilidade devem se fortalecer, mas se os resultados desapontarem, uma onda de aversão ao risco poderá lavar o mercado e fortalecer o dólar”, ponderou.


Em um dia de agenda fraca no mercado doméstico, o recuo da cotação da moeda americana acompanhou a melhora dos mercados internacionais. “Mas as notícias de fora só contribuem para exacerbar os fundamentos que estão na ponta da agulha para pressionar o dólar para baixo”, avaliou Bruno Lima, consultor em gerenciamento de risco da FCStone do Brasil.


Isso porque o giro dos negócios já começa a refletir a possível chegada dos dólares para a oferta de ações do Santander Brasil, cujo período de reserva termina hoje e o preço da ação será fixado amanhã. De todas as ofertas de ações anunciadas, esta é a mais aguardada e deve representar a de maior volume de recursos, acreditam os operadores. “Desde sexta-feira, houve um aumento importante no volume negociado”, concordou outro operador. Por isso, a expectativa de entrada de recursos deve promover pressão cada vez maior sobre a moeda americana na relação com a divisa brasileira.


Sinal da presença do investidor estrangeiro na Bovespa, a entrada de capital externo na Bolsa brasileira em setembro foi de R$ 4 bilhões, o segundo melhor mês do ano, atrás apenas de abril, quando entraram R$ 6 bilhões. No acumulado do ano, o saldo de capital estrangeiro na Bolsa atinge R$ 18 bilhões.
Publicado em: 05 de outubro de 2009, 17h08


 

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