Em Minas, foram 29 milhões de sacas colhidas em 2023, equivalente a 53% da produção do país
Por Sistema Faemg
Que Minas Gerais é a terra do café não é surpresa – mas você sabia que os Mineiros são campeões na produção? Patrocínio, Manhuaçu, Campos Gerais e Monte Carmelo estão no “top 5” do café de excelência no mundo todo, de acordo com dados de 2022 do IBGE. Entre os 20 primeiros colocados da lista, ainda há mais 12 municípios mineiros, provando que o produtor, aqui, leva muito à sério a posição de destaque do estado.
A produção da safra 2023 no Brasil foi de 55,1 milhões de sacas. Aqui em Minas, foram 29 milhões de sacas colhidas em 2023, equivalente a 53% da produção nacional. Os grãos mineiros são exportados para 91 destinos, sendo os principais Estado Unidos, Alemanha, Itália, Japão e Bélgica.
Exportação para todos
Dados compilados pela Gerência do Agronegócio do Sistema Faemg Senar apontam que a China é, atualmente, um dos grandes potenciais compradores dos grãos brasileiros, e já ocupa o 6º lugar mundial em 2023. De olho neste e outros mercados, o Projeto Agro.BR, desenvolvido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em conjunto com a Apex Brasil e executado em Minas Gerais pelo Sistema Faemg Senar, tem trabalhado com produtores de cafés especiais da região das Matas de Minas para se lançarem no mercado externo confiantes de sua excelência.
Os produtores da região representam quase um quinto dos atendidos pelo projeto em Minas Gerais, segundo o consultor do Agro.BR que atua junto ao Sistema Faemg Senar, Paulo Március Campos. “O nível do produto deles é altíssimo. Temos aqui cafés certificados, muito bem pontuados e produtores que já exportam indiretamente, mas não estão vendendo pelo maior preço”, explicou.
Cafeicultores das Matas de Minas participantes do Projeto Agro.BR
Café é vida – literalmente
A alta produtividade e o aprimoramento da qualidade dos cafés mineiros são uma combinação da aplicação de tecnologia, boas práticas de manejo, colheita e pós-colheita e trabalho constante do produtor para garantir sustentabilidade na propriedade, certificações e prêmios para os grãos – o que leva à alta do Índices de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). Um bom motivo para celebrar neste Dia Mundial do Café, em 14 de abril.
A analista de Agronegócio do Sistema Faemg, Ana Carolina Gomes, comenta que há uma correlação positiva entre a área cultivada de café e o IDHM, conforme dados da Emater e do Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). “Podemos perceber que, quanto maior a área cultivada, melhor é o índice IDHM, demonstrando como a cafeicultura estimula o progresso das regiões produtoras e, consequentemente, o desenvolvimento humano”, explica.
Produzir bem para produzir sempre
A data também marca o lançamento da cartilha Práticas Trabalhistas na Cafeicultura – um diálogo de aprendizado com o cafeicultor, parceria entre o Sistema Faemg Senar e a Ocemg. O documento chega junto com a colheita dos grãos e traz informações sobre trabalho sustentável nos cafezais para cafeicultores e trabalhadores. As orientações abrangem legislação trabalhista, instruções sobre alojamentos, equipamentos de proteção individual, alimentação e transporte de safristas.
De acordo com a gerente da Assessoria Jurídica do Sistema Faemg Senar, Mariana Maia, a instituição está atenta e sabe a importância das relações de trabalho dentro da porteira. “Pensando nisso, elaboramos a cartilha trazendo as principais informações sobre as normas de saúde e segurança do trabalho, migrantes, remuneração e muitas outras capazes de proporcionar ao meio rural as condições necessárias para um trabalho com sustentabilidade e responsabilidade. Este é o nosso propósito”.
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