Desemprego aumenta em MG

15 de setembro de 2007 | Sem comentários Comércio Mercado Interno
Por: Diário do Comércio

No Estado, foram eliminados 16,281 mil postos de trabalho no mês passado


O fim antecipado da safra do café em Minas Gerais puxou para baixo o número de empregos com carteira assinada no Estado. Em agosto foram eliminados 16,281 mil postos de trabalho, resultado de 176,904 demissões e 160,623 admissões ao longo do mês. No mesmo intervalo do ano passado o saldo foi positivo, com geração de 10,547 mil vagas. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministértio do Trabalho e Emprego (MTE).


Nos oito primeiros meses de 2007 a economia mineira criou 170,920 mil empregos, número 22,3% menor que o registrado no mesmo período de 2006, quando foram gerados 220,033 mil novos postos. O ritmo também está menor no acumulado de 12 meses, com 176,471 mil novas vagas até agosto de 2007 ante 103,181 mil em igual intervalo imediatamente anterior, queda de 41,5%.


A agricultura foi responsável pela extinção de 36,217 mil vagas formais no oitavo mês de 2007, tendo demitido 57,588 mil pessoas e contratado apenas 21,317 mil. No mesmo intervalo do ano passado a atividade havia eliminado 12,835 mil empregos com carteira assinada, número 182,2% menor que o resgistrado no atual exercício.


Colheita antecipada – Conforme o assessor técnico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Pierre Santos Vilela, a principal influência na queda do número de empregos no campo foi a antecipação do fim de safra de café, que normalmente só termina em setembro. “Em julho a maioria dos cafezais já estava colhendo”, disse.


O adiantamento da colheita ocorreu devido a questões climáticas, que influíram de forma positiva na plantação. Minas é o maior produtor de café do país, com produção estimada em 14,8 milhões de sacas para esta safra. A área plantada alcança 1 milhão de hectares.


Ainda de acordo com o técnico da Faemg, a tendência é de que a partir de outubro os números da agricultura voltem a subir, com novas contratações para preparação de terreno para o período de chuvas e novas safras se aproximando. “No mês que vem começa a safra de grãos, que normalmente pesa bastante no emprego”, afirmou.


Serviços em alta – Os setores que impediram uma queda maior nas vagas formais em Minas durante agosto foram o de serviços, que gerou 8,887 mil novos postos de trabalho e a indústria da transformação, com mais 5,642 mil.


Entretanto, o segmento de serviços está contratando 37,5% menos que no ano passado, quando o saldo registrou 14,241 mil pessoas a mais empregadas. No oitavo mês deste ano o destaque foi o ramo de administração de imóveis, que criou 3,293 empregos.


Já as contratações da indústria de transformação têm sido puxadas pelo setor automotivo, notadamente pela Fiat Automóveis S/A (Fiasa), instalada em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e pelos fornecedores da montadora. O segmento de material de transporte registrou saldo positivo de 1,024 mil vagas no Estado em agosto, sendo o ramo que mais criou empregos na indústria. Do total, 862 vagas foram na RMBH.


Em toda a região metropolitana foram criados 10,491 mil novos postos de trabalho no oitavo mês de 2007, contra 17,373 mil em igual período de 2006, uma retração de 39,6%. No acumulado do ano a diminuição do ritmo de geração de empregos chega a 20,5% na comparação com mesmo período do exercício passado, enquanto nos últimos 12 meses a queda é de 14,9%.

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