Delícia de café – Uma bebida perfeita para finalizar a refeição, começar o dia ou mesmo ser degustada numa reunião entre amigos, no trabalho ou como c

COMER & BEBER (5/5/2006)

15 de maio de 2006 | Sem comentários Cafeteria Consumo
Por: Diario do Nordeste

 


















A era moderna trouxe
uma certa dose de democracia e o café passou a ser degustado das padarias aos
restaurantes sofisticados

Uma bebida perfeita para finalizar a refeição,
começar o dia ou mesmo ser degustada numa reunião entre amigos, no trabalho ou
como coquetel.

Assim é a versatilidade do café, planta originária da
África que chegou à Europa no século XIV, para aportar no Brasil no ano de 1727,
virando um novo ciclo econômico, em 1825. Sua influência foi verificada na
própria formação da sociedade brasileira, bem como na política, a exemplo dos
barões do café. Passado o duro golpe com a crise de 1929, o café brasileiro deu
a volta por cima. Depois de conquistar o público europeu, está caindo no gosto
do brasileiro cujo consumo per capita é de 65 litros/habitante/ano.

As
primeiras cafeterias surgiram em Meca. Na Europa, elas se desenvolveram durante
o século XVI, enquanto florescia o Iluminismo e a Revolução Francesa. Durante
esse período, os cafés serviam de palco para jovens sonhadores que lutavam por
igualdade, fraternidade e liberdade. Eles se reuniam, durante tardes inteiras em


















Cappuccino com
chantilly
torno
de várias xícaras de café discutindo sobre política, recitando poemas, lendo ou
simplesmente vendo o tempo passar.

Alguns desses cafés ainda resistem
como o “Le Procope”, de Paris, fundado em 1686, mistura charme e tradição, ou o
Florian, de Veneza, onde se pode tomar um autêntico cappuccino. Esses
estabelecimentos recebiam personagens ilustres, como o romancista francês Honoré
de Balzac (1799-1850), que quando escrevia tomava café à vontade e também
gostava de ir aos cafés de Paris e o Anglais, conforme o livro “A Canja do
Imperador”, do jornalista J.A. Dias Lopes.

A era moderna trouxe uma certa
dose de democracia e o café passou a ser degustado em diversos pontos, das
padarias aos restaurantes sofisticados. Longe do glamour dos centenários cafés
do passado, réplicas desses equipamentos estão espalhados por shoppings, espaços
culturais e até livrarias, cuja ambientação serve para transportar as pessoas a
um local aconchegante, pelo menos no imaginário.

Mas o













Fotos: Kiko
Silva
Fotos: Kiko Silva




Café com sorvete de
creme e chantilly
próprio café passou por uma transformação
nos últimos anos, deixando de ser apenas uma bebida essencial, para se tornar
sofisticada, ganhando o status de gourmet. Ou seja, vem se tornando cada vez
mais versátil, podendo ser degustado gelado, em drinques, milk-shakes,
aromatizados ou utilizados em pratos salgados, sob a forma de molhos. As
prateleiras dos supermercados refletem essa realidade, oferecendo cafés para
todos os gostos. Café aromatizado com amêndoas torradas, chocolate e baunilha,
são alguns exemplos, assim como o expresso em sachês.

Na Europa, ele está
presente nos bares, a exemplo de países como Suíça e Alemanha, onde entre um
gole de cerveja ou de outro drinque, as pessoas intercalam com um café. Em
Fortaleza, assim como no Brasil, esse hábito está ganhando espaço. A
nutricionista Arlete Nagano, do Frans Café, confirma essa sofisticação do hábito
no brasileiro, que ainda contabiliza um baixo consumo per capita. “O brasileiro
consome cerca de 65 litros por ano”, afirma, completando que em alguns países
europeus o consumo é superior.

Estimativas apontam que os alemães bebam
em torno de 190 litros/habitante/ano. Conforme a nutricionista, com todo esse
“boom” de gastronomia pelo qual passa o Brasil, contribui para que a população
aprimore o seu paladar. Por isso, está caindo por terra o mito de que o pior
café fica aqui, sendo exportando os melhores grãos.

Uma demonstração de
que essa realidade está mudando é o culto ao café expresso, que “exige um
produto de boa qualidade”, reconhece. “É diferente daquele que consumimos em
casa”, completa. O café passou a ser degustado de diversas formas e, não apenas
com pão e leite, na primeira refeição.

Assim como acontece com outros
produtos, o café também possui um público segmentado. Normalmente, a bebida é
bem aceita pelos adultos, ficando a lacuna no público jovem. Daí, a tarefa de
incutir nessas pessoas o gosto por essa bebida. Os cafés gelados com chantilly
são boas opções para os jovens, assim como os xaropes para aromatizar com
sabores de menta, caramelo e baunilha. Um dos maiores produtores de café do
mundo, o Brasil pretende aumentar também o seu consumo, esclarece Arlete
Nagano.

O café expresso está conquistando cada vez mais o gosto do
brasileiro. “Enquanto o consumo do café normal cresce 2% ao ano, o expresso
atinge 20%”, pontua, afirmando que isso mostra as pessoas estão se rendendo a
essa bebida e as suas novas nuances. “Na região Sudeste essa mudança está mais
evidenciada”, assegura a
nutricionista.

DRINQUES

Café
Irlandês
Numa xícara aquecida, junte
1 xícara de café bem forte e
quente;
1 1/2 dose (75ml) de uísque;
1 colher de sobremesa de
açúcar.
Acrescente creme chantilly a gosto e sirva.

Café
Copacabana
1 lata de leite condensado
2 vezes a mesma medida de
leite
2 colheres de sopa de café solúvel
4 colheres de sopa de licor de
menta
4 bolas de sorvete de creme.

Bata no liqüidificador os quatro
primeiros ingredientes. Sirva em copos altos, sobre bolas de
sorvete.

Café Royal

Coloque uma colher de chá de
açúcar numa xícara de café e ponha café bem quente, até à metade. Acabe de
encher com um bom conhaque, despejando devagar para que não se misture com o
café. Ponha fogo no conhaque, deixe arder por toda a superfície, apague a chama
colocando um pires sobre a xícara e sirva em seguida.

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