DADOS SOBRE A PRODUÇÃO E CONSUMO DE CAFÉ NO BRASIL

A Europa se destaca em primeiro lugar no consumo mundial com 54,54 milhões de sacas, volume que representa 32% do total.

Em 2019 o consumo mundial de café estimado atingiu 167,90 milhões de sacas de 60 kg, das quais 116,88 milhões, que correspondem a 70%, foram consumidos por países importadores e 51,02 milhões por países produtores de café, cujo montante representa 30% do consumo global.

A Europa se destaca em primeiro lugar no consumo mundial com 54,54 milhões de sacas, volume que representa 32% do total. Em segundo lugar, está a Ásia & Oceania, com 37,84 milhões de sacas, responsável por 23%. Em terceiro fica a América do Norte com 30,96 milhões de sacas (18%); em quarto, América do Sul, com 27,14 milhões de sacas (16%); em quinto lugar, África, com 11,94 milhões de sacas (7%). Por fim, América Central& México são responsáveis por consumir 3% do volume global, com 5,57 milhões de sacas.

O Brasil é o maior produtor e exportador. Só nos dez primeiros meses de 2019, as exportações brasileiras de café atingiram 34,05 milhões de sacas, volume superior ao de 2018, cujas exportações no mesmo período atingiram 27,73 milhões de sacas segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – Cecafé.

Segundo do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP, a temporada brasileira 2020/21 poderá ser volumosa, devendo somar pouco mais de 60 milhões de sacas.

De acordo com a Organização Internacional do Café (OIC), o Brasil é o segundo maior consumidor mundial da bebida, logo atrás dos Estados Unidos, que possui 14% da demanda mundial. Nosso país representa 13% dessa demanda, com 21 milhões de sacas ao ano. Entre 2017 e 2018 houve um crescimento de 4,8% no consumo, comparado com período anterior. A projeção é que haja um crescimento de 3,5% ao ano até 2021.

O mercado externo é de extrema importância para o Brasil, pois somos o maior exportador de café do mundo. Na categoria “Café não torrado, não descafeinado”, nossos maiores compradores são a Alemanha (17,71%), Estados Unidos (17,57%) e Itália (10,06%). Já na categoria “Café torrado, não descafeinado”, os maiores mercados são Estados Unidos (31,47%), Argentina (14,16%) e Japão (12,90%).

Segundo estudo feito pela consultoria Euromonitor, o mercado brasileiro de café premium tem crescido de forma acelerada. Apesar disso, a maior parte do consumo doméstico ainda é de café tradicional.

No Brasil, o consumo anual de café premium gira em torno de 70 mil toneladas, o que representa de 5% a 10% do consumo total no setor. Esse consumo cresce 15% ao ano, enquanto o de café tradicional aumenta 3,5% ao ano.

Segundo a associação que reúne as indústrias do setor, o mercado do café no Brasil está na terceira a onda. A primeira trouxe o café para dentro de casa. O tipo instantâneo e a embalagem a vácuo. Na segunda onda, surgiram as cafeterias com bebidas também a base do expresso. E a terceira onda chegou com o surgimento de marcas regionaise com a descoberta do sabor do café.A quarta onda já está chegando, onde além da experiência, o consumidor também quer exclusividade no café.

A tendência no crescimento do mercado de café premium se deve ao aumento do número de consumidores que optam por produtos de maior qualidade. Esse público tem interesse em novos métodos de preparo, além de se preocupar com a origem do produto e a sustentabilidade na hora da produção. Ele está dividido entre os Coffeelovers, que vão às cafeterias e procuram um bom ambiente, com conceito por trás da entrega final do produto, e os Consumidores, que compram cafés especiais nas grandes redes de mercado e pela internet.

Dos consumidores de café premium, 20% pertencem à classe A, 50% à classe B e 30% à classe C. A maior parte desse público está situado na região sudeste (45%), seguida pelo nordeste (22%) e sul (17%). A maior parte dos consumidores está na faixa etária acima de 40 anos (40%). O restante tem entre 18 e 30 anos (35%) e entre 31 e 40 anos (25%).

Quanto ao gênero, 50% é formado por homens e 50% por mulheres.

Esse crescimento vem sendo impulsionado pela chegada de novas marcas no mercado, popularização de diferentes formas de extração, expansão de redes de cafeterias e por um universo de sabores a ser desvendado com a proliferação de microlotes e produção de receitas com a bebida, entre outros fatores.

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