Custo agrícola sobe 24% no Espirito Santo: tecnologia é a solução

Por: A Gazeta

ECONOMIA
17/08/2009 
  
Rita Bridi
rbridi@redegazeta.com.br


17/08/2009 – Os produtores rurais que não possuem o hábito de calcular e acompanhar a evolução dos custos das atividades agrícolas são sérios candidatos a concluir a safra “no vermelho”. Pior que isso, podem permitir e contribuir para que o esforço do seu trabalho e o de sua família desapareça, como fumaça, sem resultado financeiro concreto.


Estudo feito pelo Centro de Desenvolvimento do Agronegócio (Cedagro) mostra que o custo de produção das principais culturas teve aumento médio de 24%, bem acima da inflação acumulada no período de 2007 a 2009, de 14%. O custo de produção de algumas culturas, entretanto, teve aumento bem acima da média.


É o caso do mamão, da goiaba, da banana, do abacaxi e do coco. O custo de produção do café, a principal atividade do agronegócio capixaba, teve alta média de 23%. Segundo o presidente do Cedagro, Ewerton Mansur, os gastos nos cafezais ficaram alto, em torno de 10% acima da inflação do período.


Segundo o estudo do Cedagro, o fator que mais pesou no custo das culturas foi a força de trabalho e o preço dos serviços, que, no caso do café, responderam por 60% do aumento. O café, explica Mansur, é uma cultura que depende de mão de obra antes e depois da colheita.


A solução para maximização dos lucros, portanto, é o investimento em tecnologia de ponta. Prova disso é que, nos serviços, o que mais influenciou a elevação dos custos foi a hora-máquina. De acordo com o Cedagro, no período de 2007 a 2009, o produtor teve perda média de receita de 37%. E o proprietário que tem lavouras pouco produtivas não conseguiu ter rentabilidade no café, explica Mansur.


Na fruticultura o mamão foi o produto que registrou a maior alta no custo de produção. Além disso, o produto teve queda no preço no mercado internacional juntamente com a retração das vendas. A goiaba, apesar da elevação do custo, manteve a cotação alta conquistada desde 2007.


Mesmo com custo de produção elevado, as frutas não representaram prejuízo, porque a demanda cresceu mais que a oferta, e o preço se manteve estável ou com elevação. “Tirando o mamão, todas as frutas e demais atividades registraram lucro”, explicou Mansur.


Para os produtores que não estão habituados a elaborar e atualizar a planilha de custos, a orientação é a mesma: colocar tudo na ponta do lápis. Segundo o presidente do Cedagro, muitas propriedades, não registram prejuízo acentuado porque, geralmente, não computam os gastos com a mão de obra familiar.


Quanto o custo de cada cultura aumentou:


30% – Banana
23% – Café
26% – Abacaxi
24% – Maracujá
25% – Coco
20% – Eucalipto
30% – Goiaba
20% – Borracha
35% – Mamão
18% – Morango 

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