Crise econômica afeta produtores e indústria de café no Sudeste da Ásia

16 de outubro de 2008 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

A crise econômica mundial já está afetando a indústria de café no Sudeste da Ásia. De toda a região, os países mais atingidos são a Indonésia e o Vietnã.


O motivo pelo qual esses países foram mais afetados pela crise é devido à variedade de café produzido por eles, que é o robusta. A explicação desta ligação dá-se pelo fato de que os países que predominam a produção do robusta tendem a ser países mais pobres, visto que se trata de um café mais barato.


Enquanto os preços têm caído, o volume estocado continua aumentando. O que significa que, mesmo com um aumento na demanda, é provável que os preços continuem baixos.


Segundo o diretor da Central Queensland University\’s Center for Plant and Water Science, David Midmore, em entrevista a um programa de rádio da Australia\’s Connect Ásia, “esta pode ser uma grande oportunidade para os produtores”.


\”O preço do café diminuiu aproximadamente 20% nas últimas seis semanas\”, disse ele.


Segundo Midmore, poderão surgir novas oportunidades, devido ao grande aumento dos preços de outras commodities agrícolas.


O Diretor e sócio da Purdue University Agricultural Economics Department, Gerald Shively, tem estudado o impacto da queda dos preços no café vietnamita para os pequenos produtores.


Otimista, ele explica que é passando por grandes dificuldades que os produtores irão melhor em vários aspectos.


\”Um dos problemas fundamentais com culturas perenes é que, freqüentemente, elas passam por períodos altos e baixos\”, disse ele.


“Quando o preço cai desta forma, os produtores ficam travados e sem saber o que fazer”, complementou


Devido a diferenças sazonais, na Indonésia, os produtores mais pobres estão sendo protegidos contra alguns dos impactos.


\”Na Indonésia, nós temos as variedades arábica e robusta, cada uma com época de colheita diferente, portanto, felizmente, os produtores de robusta poderão alcançar melhores preços”, declarou o exportador Olivier Tichit da IndoCafe.


\”Felizmente eles poderão vender de 85% a 90% de seus produtos a preços mais justos”.


As informações partem de agências internacionais, conforme noticiou o Café e Mercado.

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