MERCADO INTERNO |
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BOLSAS N.Y. E B.M.F. |
Sul de Minas |
R$ 247,00 |
R$ 237,00 |
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Contrato N.Y. |
Fechamento |
Variação |
Mogiano |
R$ 247,00 |
R$ 237,00 |
Setembro/2008 |
135,15 |
-0,40 |
Alta Paulista/Paranaense |
R$ 242,00 |
R$ 235,00 |
Dezembro/2008 |
139,05 |
-0,40 |
Cerrado |
R$ 250,00 |
R$ 240,00 |
Março/2009 |
142,80 |
-0,35 |
Bahiano |
R$ 242,00 |
R$ 235,00 |
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* Cafés de aspecto bom, com catação de 10% a 20%. |
Contrato BMF |
Fechamento |
Variação |
Cons Inter.600def. Duro |
R$ 232,00 |
R$ 229,00 |
Setembro/2008 |
167,70 |
+0,90 |
Cons Inter. 8cob. Duro |
R$ 234,00 |
R$ 232,00 |
Dezembro/2008 |
168,00 |
0,00 |
Dólar Comercial: |
R$ 1,6270 |
Março/2009 |
171,00 |
0,00 |
N.Y. encerrou as operações desta quinta-feira em campo negativo, novamente pressionada pelas rolagens de contrato, juntamente com a valorização do dólar e o fraco desempenho de outras commodities. A posição setembro fechou com queda de -0,40 pontos. No interno alguns negócios isolados foram concluídos.
O dólar encerrou os trabalhos com alta de 0,74% acompanhando a correção externa da moeda norte-americana, principalmente ante o euro. Esse ajuste ocorreu com um forte volume de negócios, que refletiu um aumento de posições defensivas dos investidores e um fluxo cambial aparentemente negativo. O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro contraiu-se 0,3% no segundo trimestre em relação ao primeiro e cresceu 1,5% em relação ao segundo trimestre do ano passado. Foi a primeira contração trimestral da economia da zona do euro – os dados começaram a ser compilados em 1995. O PIB alemão recuou 0,5% no trimestre passado ante os três meses anteriores, pela primeira vez desde 2003. A expansão anual foi de 1,7% na Alemanha. O PIB francês contraiu 0,3% no segundo trimestre ante o primeiro e cresceu 1,1%, em comparação anual. Espanha teve o menor crescimento trimestral em 15 anos (+0,1%), prejudicada por um desmonte do setor de construção.
O Pólo de Excelência do Café, da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes) e que tem a Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) como parceira, lança, na próxima terça-feira (19), na Universidade Federal de Lavras (Ufla), o seu Plano de Negócios. O documento orientador promete ser um importante aliado do segmento. Minas é líder nacional na produção de café, concentra grande parte da inteligência do setor, mas quer consolidar essa liderança e se tornar referência nacional e internacional. Lançado no ano passado pelo governador Aécio Neves, durante a Expocafé, em Três Pontas, o Pólo de Excelência do Café faz parte do projeto estruturador Rede de Inovação Tecnológica ( RIT), coordenado pela Sectes. Em fase de estruturação, o pólo, que tem o papel de articulador junto às universidades, centros de pesquisas e empresários, traz em seu Plano de Negócios, diagnóstico e projetos estruturantes que aliam pesquisa, tecnologia, capacitação de recursos humanos e negócios. O secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alberto Duque Portugal, ressalta que os pólos de excelência, lançados pelo Governo de Minas, estão trabalhando a integração da inteligência das diversas áreas. O fortalecimento da pesquisa, a capacitação de recursos humanos, inclusive com o foco em negócios, são pontos estrategicamente pensados e que visam o fortalecimento do Estado na economia do conhecimento.
De acordo com o gerente executivo do Pólo de Excelência do Café, Edinaldo José Abrahão, não basta a Minas liderar a produção de café, é preciso agregar valor ao produto utilizando a ciência, a tecnologia e a inovação. Os projetos estruturantes trazidos pelo plano começam pela criação do Centro de Apoio ao Empreendedor Inovador, a ser instalado na Ufla, e a criação do Parque Tecnológico do Café, em Varginha, cujo gerenciamento será feito pela Embrapa Café. Alinhamento estratégico e agregação de valor ao café Abrahão explica que há necessidade de um alinhamento estratégico na cadeia produtiva do café que é considerada dispersa. A estimativa científica de safra também precisa ser aperfeiçoada com um trabalho em que será utilizado ge oprocessamento e uma integração maior entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por meio da Conab, IBGE, Emater-MG, Epamig e Ufla.
No aspecto de agregação de valor, a formação de blends, que é a combinação de grãos de diferentes regiões produtoras é uma necessidade. “O mundo não toma café puro, por isso precisamos importar grãos de outras regiões produtoras para fazer o que a Alemanha faz”, argumentou o gerente executivo do pólo. O país europeu, lembrado por Abrahão, não produz café, mas importa grãos do mundo inteiro e faz blends utilizando modernas tecnologias. Ou seja, a Alemanha é o país que mais ganha dinheiro com café, apesar de não produzir o grão.
O Plano de Negócios consta a criação da Agência de Referência e Desenvolvimento do Café e do Centro de Informação de Mercado, ambos serão instalados dentro do Centro de Inteligência do Café, em Lavras. O último projeto estruturante está ligado à capacitação de recursos humanos com a criação do MBA Cofee Business e outros cursos de pós-graduação lato sensu voltados para formação de especialistas em geoprocessamento, comercialização via mercado futuro e certificação. Minas Gerais é o maior produtor brasileiro de café com 22 milhões de sacas (safra 2008), o que significa 50% da produção nacional e 20% da produção mundial. Toda a cadeia produtiva do café emprega direta e indiretamente cerca de 2 milhões de pessoas no Estado, se ndo 440 mil empregos diretos. A atividade está presente em 150 mil propriedades mineiras, a maioria delas de pequenos produtores.