COTAÇÃO DO CAFÉ – Mercado cafeeiro finalizaram a segunda-feira em campo negativo

  As operações no mercado cafeeiro finalizaram a segunda-feira em campo negativo, a posição maio variou entre a máxima de +0,90 pontos e mínima de – 1,90 fechando com  -0,90. Realizações de lucros acompanhando a queda do petróleo e das ações pressionaram negativamente as cotações. Mercado interno sem alteração. 

  O mercado doméstico de câmbio realizou hoje um ajuste técnico com alta das cotações, acompanhando a maior demanda pela moeda norte-americana no exterior em meio a vendas de ações e de contratos de matérias-primas, cujos preços recuaram. O dólar comercial subiu hoje 0,54% e encerrou cotado a R$ 2,218. O giro financeiro total manteve-se estável, em cerca de US$ 2,280 bilhões. Mesmo com os comentários sobre fluxo cambial favorável e expressivo, os profissionais de tesouraria e de mesas de câmbio consultados não confirmaram esses ingressos. 

  O secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Manoel Bertone, disse hoje que o lançamento de um programa de opções para a cafeicultura está sendo avaliado pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento. A reivindicação dos produtores vai ganhar força pois na próxima quarta-feira (8), o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), e o secretário de Estado de Agricultura, Gilman Viana, devem se reunir, em Brasília, com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para discutir a proposta de conversão das dívidas financeiras do setor em sacas de café, por um preço de referência de R$ 320,00 a saca, com prazo de 20 anos para pagamento. A reunião será realizada no Ministério da Fazenda, em Brasília e deverá ter as presenças do presidente da Federação da Agricultu ra e Pecuária de Minas Gerais (Faemg), Roberto Simões, do presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Gilson Ximenes, do presidente da Comissão Nacional do Café da CNA, Breno Mesquita, e do presidente da Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas (Cocatrel), Francisco Miranda.  A dívida dos cafeicultores brasileiros está estimada em R$ 4,2 bilhões. A primeira parcela do pagamento seria em novembro de 2010. Caso o mercado apresente preços mais remuneradores que o valor de referência na data do pagamento da prestação, caberá ao produtor optar pela entrega do produto físico ou quitar a prestação em dinheiro.A proposta faz parte da chamada Carta de Varginha, que foi elaborada no último dia 16 de março, depois de uma manifestação que reuniu diversos cafeicultores e lideranças do setor, no sul do Estado. 

  O volume de café verde exportado em março passado apresentou elevação de 13,3%, em relação ao mesmo mês de 2008. Foram embarcadas 2,314 milhões de sacas, ante 2,042 milhões de sacas em março de 2008, conforme levantamento divulgado hoje pelo CeCafé. Considerando o volume solúvel embarcado, o total de café exportado pelo Brasil em março alcança 2,540 milhões de sacas, representando aumento de 8,1% ante mesmo mês de 2008 (2,350 milhões de sacas). O Cecafé informa, ainda, que a receita cambial com o produto teve queda de 12,1% em março passado em relação ao mesmo mês de 2008. Os exportadores faturaram US$ 340,751 milhões, em comparação com US$ 387,577 milhões em março do ano anterior. O Porto de Santos continua em primeiro lugar no embarque do café, com 5.675.894 sacas em ma rço, seguido dos portos de Vitória (895.163 sacas) e do Rio de Janeiro (703.053 sacas). Conforme balanço do Cecafé, Europa (com 63% de participação nas importações), América do Norte (18%) e Ásia (14%) foram os principais mercados do café no acumulado do primeiro trimestre do ano. 

  Levantamento do Cecafé, divulgado hoje, mostra que a receita cambial com exportação de café (verde e solúvel) no primeiro trimestre deste ano diminuiu 5%, em relação ao mesmo período do ano passado. O faturamento foi de US$ 1,019 bilhão, ante US$ 1,078 bilhão em 2008. O volume da exportação brasileira de café no período totalizou 7,470 milhões de sacas de 60 kg, com elevação de 10% em relação ao ano anterior (6,770 milhões de sacas). Desse total, o volume de café verde exportado pelo Brasil no período aumentou 16%. Foram embarcadas 6,815 milhões de sacas, em comparação com 5,867 milhões de sacas em 2008. Do total de grão verde exportado no período, o embarque de arábica teve elevação de 19%, de 5,627 milhões de sacas para 6,697 milhões de sa cas. Já o volume de café conillon teve redução de 51% no período, de 240.303 sacas para 117.568 sacas no primeiro trimestre deste ano. Quanto ao desempenho das exportações de café solúvel, o levantamento do CeCafé mostra retração de 27% no período, em volume. Foram embarcadas 655.566 sacas em equivalente de café solúvel, em comparação com 902.769 sacas em 2008.