Costa Rica e China discutem livre comércio para café

09/11/2009 – O café e o açúcar da Costa Rica serão os protagonistas da última rodada de negociação do TLC (Tratado de Livre Comércio) com a China, que será efetuada no país centro-americano em fevereiro de 2010. A decisão de se a China permitirá ou não o acesso desses produtos em seu mercado ficará nas mãos dos ministros do Comércio de ambas as nações: Chen Deming e Marco Vinicio Ruiz. “Todo o mundo está se preparando para esse encerramento.

Nesse tema do açúcar e do café vamos reunir os ministros do Comércio sentados em volta da mesma mesa que nós”, sustentou Fernando Ocampo, chefe da equipe do Ministério do Comércio Exterior da Costa Rica que negocia o TLC. A necessidade de que a última palavra do tema seja dos titulares da pasta se deve ao fato de que a negociação técnica foi insuficiente para convencer os asiáticos a permitir a entrada de ambos os bens agrícolas sem nenhum tipo de taxação.

Até o momento, a China freou a entrada do café e do açúcar de qualquer país com que tenha firmado pactos de livre comércio. Ocampo disse que apesar dessa barreira, o país não considerou a hipótese de que esses dois produtos, ou outros agrícolas, sejam excluídos do acordo. “Nós queremos eles incluídos, não é fácil, mas vamos negociar até o final”, disse. No entanto, Ocampo reconheceu que até agora a posição do país oriental sobre o tema é de não concordância. “São produtos que eles têm uma reserva, alegando alguma complicação para seu setor produtor, composto por pequenos produtores.

O caso do açúcar é bem complicado e isso já foi anteriormente exposto pelos chineses”, sustentou Ocampo. O café e o açúcar não serão os únicos bens agrícolas que figurarão entre os pendentes da última etapa de negociação de acesso ao mercado. Na semana passada, a China solicitou mais tempo para analisar uma proposta da Costa Rica para permitir o ingresso imediato e sem taxação da carne bovina, frango, creme de banana e suco de laranja e de abacaxi. Os asiáticos condicionaram a aceitação desse fato a uma diminuição das taxações executadas pela Costa Rica para os eletrodomésticos de origem chinesa. As informações partem da Agência de Notícias do Café / Café e Mercado.