Controle da Helicoverpa armigera com biopesticida pode ultrapassar 80%

10 de setembro de 2013 | Sem comentários Biotecnologia Tecnologias

 

Controle da Helicoverpa armigera com biopesticida pode ultrapassar 80%
09/09/13 – 12:05 
por Leonardo Gottems

O controle da Helicoverpa armigera com o recém lançado biopesticida GemStar pode ultrapassar o patamar de 80%, afirma Michel Tomazela, gerente de produtos da Ihara. Ele falou com exclusividade ao Portal Agrolink sobre o lançamento do produto da Certis EUA, que será comercializado e distruibuido no Brasil por sua empresa, em parceria com a Biocontrole.
 
“O maior volume de informações quanto eficácia deste produto estão publicadas no exterior, e os resultados são impressionantes. Quando utilizado conforme a recomendação, observa-se controles superiores a 80%. Esse nível, para produtos biológicos, é extremamente alto. Além disso devemos ter em mente que é uma importante ferramentas do MIP (Manejo Integrado de Pragas), que possibilita um manejo de resistência mais efetivo e preservação das outras tecnologias de controle”, explica Tomazela.
 
Questionado sobre os diferenciais do GemStar no controle da H. Armigera, o gerente afirma que a grande inovação “está na sabedoria de unir alta tecnologia e qualidade às soluções presentes na própria natureza. Essa junção permitiu selecionar um vírus altamente especifico e eficaz para o controle das lagartas do grupo Heliothinae ao qual Helicoverpa armigera faz parte”.
 
“O modo de ação do GemStar é único dentre os produtos registrados para controle desta praga. Outra grande vantagem é o baixo impacto e risco ambiental uma vez que ele é encontrado na natureza, não deixando nenhum resíduo no produto final. Outra peculiaridade é o fato do vírus se multiplicar no hospedeiro (lagarta) e continuar infectando novas  agartas que entrem em contato com ele. Com isso, podemos dizer que oferece uma proteção mais duradoura. Por fim, ele não afeta outros insetos preservando os inimigos naturais na lavoura”, acrescenta. 
 

Segundo Tomazela, quando o produto é aplicado na planta, uma estrutura de resistência do vírus chamada de “corpo ocluso” fica aderido na folha, infectando a lagarta quando esta ingere parte da planta tratada. “Após 3 a 4 dias a lagarta para de se alimentar, ocorrendo a morte de 7 a 10 dias após infecção. As lagartas mortas tornam-se fonte de mais vírus, ocasionando infecções secundárias. Podemos associá-lo a uma gripe muito forte. Além disso, as lagartas que não morrem se tornam mais fracas, e sensíveis a outras formas de controle”.
 
A expectativa da Ihara para o produto no Brasil é proporcionar ao mercado uma forma de manejo alternativa, que traga vantagens competitivas consideráveis ao agricultor brasileiro. “A consequência disso será uma expansão expressiva do produto no mercado, que deverá se tornar uma das estrelas do nosso portfólio nos próximos 3 anos. Temos uma agricultura pujante no Brasil, e com certeza o GemStar será parte integrante deste processo e possivelmente veremos grandes áreas de soja, feijão, algodão, sorgo, tomate e outas culturas utilizando esta tecnologia. Os produtores podem esperar uma tecnologia segura, eficaz e sustentável para contribuir no manejo de H. armigera e outras do mesmo grupo”, conclui.
 
 
 


Agrolink
Autor: Leonardo Gottems

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