Consumo de café no Brasil em 2010 deve crescer 5%, prevê Abic

29 de janeiro de 2010 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado
Por: Reuters

28/01/10


SÃO PAULO (Reuters) – Após surpreender em 2009, crescendo 4,15 por cento ante 2008, o consumo de café no Brasil deverá aumentar 5 por cento em volume neste ano, para 19,31 milhões de sacas de 60 kg, previu nesta quinta-feira a Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café).


O Brasil é o segundo maior consumidor mundial atrás dos Estados Unidos.


“Com a economia brasileira sendo impulsionada em 2010, e as boas previsões que se fazem para o crescimento do PIB, do consumo das classes C, D e E…, é natural que o consumo do café siga crescendo”, afirmou Almir José da Silva Filho, presidente da Abic, em comunicado.


No ano passado, o consumo de café no Brasil atingiu 18,39 milhões de sacas, ficando acima das expectativas iniciais da Abic, que previa aumento de 3 por cento por conta de esperados efeitos da crise econômica mundial.


“Como pudemos constatar em muitos outros segmentos produtivos e nas famílias brasileiras, essa crise não afetou o consumo de café”, acrescentou Silva Filho.


O consumo per capita no Brasil em 2009 atingiu 5,81 kg de café em grão cru ao ano, com os brasileiros bebendo mais e também diversificando os hábitos de consumo, adicionando ao café filtrado/coado consumido nos lares os cafés “espressos”, “cappuccinos” e outras combinações com leite.


O dado da Abic aponta que o consumo per capita nacional está se aproximando do do consumidor alemão (5,86 kg/habitante/ano), já superando o do italiano e do francês, que estão entre os grandes consumidores mundiais.


Os campeões de consumo estão nos países nórdicos, com um volume próximo de 13 kg por habitante/ano.


As vendas do setor em 2009 estão estimadas em 6,8 bilhões de reais. Em dezembro de 2009, o quilo do café custava em média 10,49 reais, uma alta de 2,8 por cento em relação ao preço de janeiro de 2008, um percentual inferior à inflação do período.


A previsão para 2010 é de que as vendas somem 7,1 bilhões de reais.


META PARA 2012


Com o crescimento registrado em 2009 e com a previsão de aumento de 5 por cento em 2010 no volume comercializado, a Abic afirmou que a meta de 21 milhões de sacas para consumo interno em 2012 pode ser alcançada.


O patamar de 21 milhões de sacas, que poderá fazer do Brasil o maior consumidor mundial, superando os EUA, poderá ser atingido desde que a evolução do consumo anual mantenha-se em, pelo menos, 5 por cento ao ano.


EXPORTAÇÃO EM QUEDA


As vendas externas do torrado e moído, que têm pouco importância perto das exportações totais do Brasil do grão verde e do café solúvel, totalizaram 29,6 milhões de dólares em 2009, queda ante os 35,6 milhões em 2008.


“As razões desta redução, de acordo com análise da Abic, estão ligadas ao menor volume de compras do mercado americano, principal importador do café industrializado brasileiro, na esteira da crise econômica que afetou os negócios e a economia daquele país no ano passado”, informou a entidade.


(Por Roberto Samora)


 


 

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Consumo de café no Brasil em 2010 deve crescer 5%, prevê Abic

28 de janeiro de 2010 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

28/01/2010 – 14h57
Consumo de café no Brasil em 2010 deve crescer 5%, prevê Abic


SÃO PAULO (Reuters) – Após surpreender em 2009, crescendo 4,15 por cento ante 2008, o consumo de café no Brasil deverá aumentar 5 por cento em volume neste ano, para 19,31 milhões de sacas de 60 kg, previu nesta quinta-feira a Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café).


O Brasil é o segundo maior consumidor mundial atrás dos Estados Unidos.


“Com a economia brasileira sendo impulsionada em 2010, e as boas previsões que se fazem para o crescimento do PIB, do consumo das classes C, D e E…, é natural que o consumo do café siga crescendo”, afirmou Almir José da Silva Filho, presidente da Abic, em comunicado.


No ano passado, o consumo de café no Brasil atingiu 18,39 milhões de sacas, ficando acima das expectativas iniciais da Abic, que previa aumento de 3 por cento por conta de esperados efeitos da crise econômica mundial.


“Como pudemos constatar em muitos outros segmentos produtivos e nas famílias brasileiras, essa crise não afetou o consumo de café”, acrescentou Silva Filho.


O consumo per capita no Brasil em 2009 atingiu 5,81 kg de café em grão cru ao ano, com os brasileiros bebendo mais e também diversificando os hábitos de consumo, adicionando ao café filtrado/coado consumido nos lares os cafés “espressos”, “cappuccinos” e outras combinações com leite.


O dado da Abic aponta que o consumo per capita nacional está se aproximando do do consumidor alemão (5,86 kg/habitante/ano), já superando o do italiano e do francês, que estão entre os grandes consumidores mundiais.


Os campeões de consumo estão nos países nórdicos, com um volume próximo de 13 kg por habitante/ano.


As vendas do setor em 2009 estão estimadas em 6,8 bilhões de reais.


Em dezembro de 2009, o quilo do café custava em média 10,49 reais, uma alta de 2,8 por cento em relação ao preço de janeiro de 2008, um percentual inferior à inflação do período.


A previsão para 2010 é de que as vendas somem 7,1 bilhões de reais.


META PARA 2012


Com o crescimento registrado em 2009 e com a previsão de aumento de 5 por cento em 2010 no volume comercializado, a Abic afirmou que a meta de 21 milhões de sacas para consumo interno em 2012 pode ser alcançada.


O patamar de 21 milhões de sacas, que poderá fazer do Brasil o maior consumidor mundial, superando os EUA, poderá ser atingido desde que a evolução do consumo anual mantenha-se em, pelo menos, 5 por cento ao ano.


EXPORTAÇÃO EM QUEDA


As vendas externas do torrado e moído, que têm pouco importância perto das exportações totais do Brasil do grão verde e do café solúvel, totalizaram 29,6 milhões de dólares em 2009, queda ante os 35,6 milhões em 2008.


“As razões desta redução, de acordo com análise da Abic, estão ligadas ao menor volume de compras do mercado americano, principal importador do café industrializado brasileiro, na esteira da crise econômica que afetou os negócios e a economia daquele país no ano passado”, informou a entidade.


(Por Roberto Samora)


 

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