Concursos de qualidade valorizam exportações

13 de outubro de 2005 | Sem comentários Cafés Especiais Produção
Por: Gazeta Mercantil - Chiara Quintão

São Paulo, 13 de Outubro de 2005 – Nos últimos anos, o Brasil investiu na ampliação dos volumes de café exportados e também na promoção da qualidade do produto no mercado internacional. Uma das estratégias para dar visibilidade aos chamados cafés especiais é a seleção de grãos que reúnem características específicas de torra, sabor e aroma. Isso ocorre no 7 Concurso de Qualidade Cafés do Brasil, da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA).

“O Brasil tem cafés de excelente qualidade, sendo líder em mercados de maior consumo per capta, como a Finlândia”, afirma o diretor do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Guilherme Braga. Ele destaca que a maior parte do café brasileiro é consumida no exterior sem identificação de origem do produto. “Já os cafés especiais, promovidos pelos concursos, são vendidos em cafeterias, com origem identificada, o que faz com que a qualidade do produto seja associada ao País”, diz.

Os vencedores do concurso da BSCA e selecionados para a última fase vão participar de leilão internacional em janeiro, realizado pela Alliance for Coffee Excelence (ACE), coordenadora técnica da seleção. No ano passado, 68 países compradores participaram do leilão, segundo o presidente da BSCA, José Francisco Pereira. “Os compradores importam cafés identificados como extra-especiais originados de concurso de qualidade”, diz Pereira.

Os investimentos no concurso somam R$ 600 mil, divididos entre a BSCA, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e os participantes do leilão. Não há número definido de vencedores.

Na primeira etapa, foram inscritos 557 lotes de cafés. Para a segunda fase, foram selecionados 463 lotes e para a terceira, 139. A terceira fase ocorre de 7 a 12 de novembro, em Areado (MG) e a última, de 14 a 18 de novembro, em Poços de Caldas (MG). Em cada fase, amostras de grão verde, torrado e preparado são avaliadas. Na segunda etapa, a nota de corte dos selecionados foi 82,3 pontos, ante a nota de 80 pontos registrada na mesma fase no ano passado. “Acima de 80 pontos, um café é considerado especial”, explica Pereira.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados – Pág. 12)(Chiara Quintão)

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