Conab anuncia baixos estoques de café, segundo CNC

 


Inf. nº002/06/2009 – CNC


Brasília, 8 de junho de 2009.


 


INFORMATIVO


 


Conab anuncia baixos estoques de café


 


Hoje, a Companhia Nacional de Abastecimento projetou os estoques privados de café em 14,656 milhões de sacas, volume pequeno ao se considerar as previsões à safra, à exportação e ao consumo interno.


 


Nesta segunda-feira (8), a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) anunciou os estoques privados de café do Brasil, com o dia 31 de março de 2009 servindo como data de referência. Segundo a estatal, o volume contabilizado foi de 14,656 milhões de sacas de 60 kg, sendo 14,005 milhões referentes a café arábica e 651 mil sacas a conillon.


 


Entretanto, o presidente da Companhia, lembrando que as informações colhidas são apresentadas espontaneamente pelos agentes da cadeia, afirmou que esses números podem estar “inflados”, uma vez que, geralmente, o estoque representa cerca de 25% da produção total do País, mas, neste caso, respondeu por mais de 30% da safra 2009, prevista pela Conab em 39,625 milhões de sacas.


 


Apesar dessa virtual distorção, temos que considerar que mesmo as 14,656 milhões de sacas, caso confirmadas, compõem um volume bastante reduzido, principalmente porque nossa safra será de 39,6 milhões de sacas e temos uma previsão de demanda de aproximadamente 46 milhões de sacas (28 milhões para exportação e 18 milhões ao consumo interno).


 


Dessa maneira, subtraindo o volume demandado do total ofertado — 54,281 milhões de sacas (produção + estoque privado) —, deveremos chegar a um estoque levemente superior a 8 milhões de sacas no ano que vem, fato que pode influenciar para cima os preços no mercado cafeeiro.


 


Por outro lado, o baixo volume me faz crer ainda mais na necessidade do Governo ter que repor os estoques reguladores, uma vez que, caso adversidades climáticas afetem a produção, o Brasil não terá reservas para manter seu market share, cedendo, assim, espaço aos concorrentes no mercado mundial.


 


Além disso, recompor os estoques, agora, principalmente por meio dos Leilões de Opções Públicas de Venda de Café, é uma forma de nosso País passar a rever suas políticas ao setor, sendo esta uma decisão acertada no sentido de nos tornarmos agentes principais na formação dos preços no mercado internacional, deixando de lado o estigma de meros coadjuvantes.


 


Gilson Ximenes


Presidente

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