Como serão as embalagens de café no Brasil do futuro Por Antonio Ponce*

71% dos brasileiros querem mais opções de cafés premium e de alta qualidade nas cafeterias.

17 de abril de 2018 | Sem comentários Consumo Torrefação

Antecipar os formatos, materiais e demais características que as embalagens podem agregar ao café consumido pelos brasileiros no futuro requer um trabalho prévio: antever as formas de consumo de diferentes tipos de café mais diversas regiões e faixas da população.


De acordo com a pesquisa Revisão Anual Global – Café 2017, realizada pela Mintel, agência global de Inteligência de Mercado, 71% dos brasileiros querem mais opções de cafés premium e de alta qualidade nas cafeterias. Isso abre oportunidade para a empresa criar novos formatos de embalagens, para atender a demanda desses consumidores, nos mais diversos momentos de consumo da bebida. A pesquisa mostra também que o público jovem prefere bebidas personalizadas: na parte da manhã busca um café “de alta energia” e, à tarde, uma opção da bebida com menos cafeína.
 
Outra tendência é o desenvolvimento de embalagens “on the go”, que possibilitam o consumo imediato do café e concorrem com o café fresco das cafeterias. Se analisarmos este dado isoladamente, ao que tudo indica a demanda será alta por embalagens para viagem. E o material, é claro, precisará conservar as propriedades superiores de cor, brilho, luz, odor, textura, som e sabor, que não poderão se perder no meio do caminho.


A pesquisa reúne outros indicativos de que mudanças substanciais devem ocorrer em toda a cadeia produtiva e, de modo similar ao exemplo acima, ações de pesquisa, desenvolvimento e marketing precisarão ser cuidadosamente pensadas para atender à demanda, envolvendo desde os fornecedores de matéria-prima, passando pelas equipes de design de embalagens e comunicação, e chegando ao discurso de convencimento utilizado no PDV. Esse conceito surge do fato de que 24% dos consumidores brasileiros checam a origem do produto antes de fazer a compra de um alimento processado, de acordo com o Relatório da Mintel sobre Atitudes do Consumidor em Relação a Alimentos Orgânicos – Brasil 2016.


O conhecimento e interesse pelo café e personalização e monodose tem criado um novo mercado para o grão, trazendo consigo o desenvolvimento de toda a cadeia produtiva do segmento.


E quanto mais claras ficarem para o público em geral as diferenças entre café comum e premium – 19% dos brasileiros não sabem dizer quais são –, mais variedades de diferentes sabores, com diferentes decorações e níveis de cafeína, além de maior “energização” por meio de adição de proteínas, fibras ou vitaminas, serão demandadas, assim como receitas personalizadas de acordo com o paladar e necessidade de impulso ao organismo, podendo o café até competir com os populares energéticos.


Tudo isso acompanhado de embalagens específicas para diferentes tipos de café e momentos de consumo com cores, layouts e formatos que se justifiquem ali.


Haverá uma cobrança maior por uma conexão emocional com os produtos, que precisarão contar suas histórias, deixar claro de onde surgiram as inspirações que os criaram, conectando os consumidores ao bem-estar que o café proporciona quando estão entre amigos e família e aos momentos de relaxamento ao saborear a bebida. De acordo com o levantamento, 20% dos brasileiros acreditam que informações sobre procedência na embalagem são importantes e 17% deles aceitariam pagar mais por produtos com origem de confiança.


O material que envolve as embalagens não está livre desta análise do público. Esta antecipação do hábito futuro dos brasileiros ao tomar café pode ser bastante desafiadora ao se pensar nas embalagens necessárias para tornar essas experiências prazerosas e que promovam fidelização.


No entanto, exemplos recentes de outros segmentos, como a substituição de garrafinhas de iogurte por copos para o público jovem, a troca das embalagens de vidro de requeijão por plástico empilhável e mais resistente, e o stand-up pouch para os mais variados produtos, em substituição a caixas ou latas, indicam que prestar atenção ao que os consumidores querem é o primeiro passo para desenvolver opções viáveis e rentáveis progressivamente.


A exigência por novos tipos e formatos de embalagens também inclui o sistema de refechamento, que mantém a propriedade do produto em aroma e sabor, podendo ser ainda transportado facilmente.


Portanto, como podemos constatar, o que manterá os apreciadores de café comprando o produto agora e no futuro será uma embalagem conveniente para cada situação. Nesse contexto, a Bemis é a melhor opção para embalagens de café, pois possui tecnologias e inovações para atender os mais diversos perfis e necessidades do consumidor, oferecendo maior facilidade no momento do consumo, por meio de formatos mais modernos, com efeitos de impressão que criam maior conexão sensorial com o cliente.


*Antonio Ponce, gerente de Marketing de Shelf Stable de Alimentos e Bebidas da Bemis

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