08/07/2009 – A região produtora de café do cerrado mineiro teve a colheita prejudicada na fase inicial por fortes chuvas que atingiram as lavouras até o final de junho. Isso pode afetar a qualidade e o rendimento dos grãos nesta safra 2009.
A análise é do vice-presidente do Conselho das Associações de Cafeicultores do Cerrado (Caccer), Jerry Magno Resende. A colheita no cerrado mineiro está em torno de 35% a 40%, segundo Resende. Não fossem as chuvas, os trabalhos poderiam estar em 50%, o que seria o normal para o período. Segundo o vice-presidente do Caccer, houve fortes chuvas ao final de junho, ocorrendo até granizo.
Precipitações de 65 a 80 milímetros prejudicaram não só a colheita como a secagem dos grãos.
As chuvas atingiram muitos grãos que estavam no terreiro, trazendo danos à qualidade, com cafés fermentando diante da umidade.
Destacou ainda que, afora as precipitações, baixas temperaturas vinham fazendo com que os grãos levassem 15 dias no terreiro para secar. “Essas chuvas trouxeram problemas na qualidade e também no rendimento dos grãos do cerrado”, afirmou à Agência SAFRAS, Jerry Resende.
Agora o clima está mais seco e está mais quente, condições melhores para a colheita e secagem dos grãos.
Até agora, com os atrasos na colheita e no terreiro, há pouco café beneficiado chegando às cooperativas. COMERCIALIZAÇÃO A comercialização de café segue muito lenta no cerrado mineiro, com preços fora dos patamares pretendidos pelos produtores.
A cotação do café bebida dura tipo 6 para melhor na região nesta terça-feira estava em R$ 245,00 a saca, segundo Jerry Resende. Ele estima que ainda reste 5% da safra remanescente de 2008 a ser negociada. Enquanto isso, cerca de 35% da safra nova já foi comprometida entre negócios para entrega futura e já com o mercado físico. (LC)