CNPq libera R$ 5 milhões para projeto de telemedicina
Cerca de R$ 5 milhões do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Tecnológico) devem financiar o projeto “Estação Digital Médica”, que reúne nove instituições de saúde e tecnologia em todo o país. O trabalho foi um dos 34 aprovados pelo projeto Institutos do Milênio, do CNPq. A verba deve ser liberada ao longo dos próximos três anos.
“Trata-se de um estágio rural multiprofissional baseado na telemedicina [medicina a distância]”, diz o professor Chao Lung Wen, da Faculdade de Medicina da USP, uma das instituições participantes.
Quando o projeto for instalado, grupos de 20 a 90 estudantes vão visitar comunidades afastadas e carentes, realizando trabalho de prevenção de doenças e atendimento. “Os alunos vão levar computadores que estarão ligados, por videoconferência, às nove instituições participantes. Eles poderão tirar dúvidas com os especialistas de todas as áreas que estarão em todas essas entidades”, afirma Wen.
Os computadores usados pelos estudantes para contatar os especialistas devem ser instalados em postos de saúde dos municípios visitados. O projeto prevê que eles sejam mantidos nestes locais, permitindo que os profissionais locais também possam tirar dúvidas e obter a opinião de especialistas ligados à rede.
Além da USP, participam do projeto Faculdade de Medicina da USP, Faculdade de Odontologia de Bauru e Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, Faculdade de Saúde Pública da USP, Faculdade de Medicina da UFMG, ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica), Instituto de Biofísica da UFRJ, Hospital das Clínicas de Porto Alegre, Faculdade de Medicina da Universidade do Estado do Amazonas e o Hospital Sírio-Libanês de São Paulo.
Piloto
Segundo o professor Chao, o projeto deve começar na segunda quinzena deste ano, com a viagem de 90 estudantes a cidades carentes do Rio Grande do Norte.
Além dos estudantes dos cursos ligados a saúde –como medicina, odontologia e enfermagem–, também poderão participar do estágio os alunos de engenharia e computação –que auxiliarão na montagem e desenvolvimento de equipamentos– e arquitetura, que poderão avaliar as condições de moradia nas comunidades visitadas.
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